A Vale anunciou a paralização das obras da Alpa, tal como, no dia primeiro deste mês, este blog já sugeria que iria acontecer. Como todos sabemos, a Vale nunca desejou construir a Alpa, siderúrgica de grandes proporções, que seria o primeiro passo para a verticalização da cadeia mineral do estado. A obra só aconteceu porque o presidente Lula pressionou a Vale e o presidente Lula só pressionou a Vale porque a governadora Ana Júlia insistiu, muito, diariamente, junto ao presidente, para que ele o fizesse.
A Vale se aproveita de um pretexto secundário para paralizar as obras. Retardá-las e não suspendê-las, como diz. Mas isso não quer dizer que não possa, ou pretenda, efetivamente, suspendê-las. Como se impede que isso aconteça? Pressionando o Governo Federal para que faça a sua parte, o que significa fazê-lo retomar a obra de derrocamento de um trecho de 43 km no rio Tocantins, entre Marabá e Tucuruí - uma obra fundamental para que os insumos necessários para a construção da obra possam chegar a Marabá. São R$ 520 milhões. Pouco, diante da pungente necessidade de verticalizar a cadeia mineral paraense, passo decisivo para o desenvolvimento paraense. Pouquíssimo, diante do que o Brasil deve ao Pará.
E a quem cabe fazê-lo? Ao governo estadual, é claro.
Governador Jatene, cabe a si essa tarefa. O senhor precisa fazer como fez a governadora Ana Júlia: insistir. Aglutinar forças políticas para pressionar, não de maneira coercitiva, é claro, mas pelo convencimento, com argumentos, para que o Dnit execute a obra. Isso é vital, é essencial. Vamos lá, ok? Estaremos acompanhando seus esforços e torcendo para o seu sucesso.
Comentários