Pular para o conteúdo principal

Projeto que altera padrão de construções condena Belém ao caos

Mais uma do vereador Gervásio Morgado: um projeto de sua autoria propõe aumentar o gabarito para construções ao longo da av. Almirante Barroso, chegando até o entorno do chamado Entroncamento - o bairro da Cabanagem, para o modelo M16. Isso significa incentivar a construção de prédios de escritórios,  hipermercados, e shopping centers, permitindo construir três vezes a área de cada terreno. Assim, dependendo da forma e da área do lote, poderiam ser erguidos prédios de até 40 pavimentos ou com 30 mil m² de área construída.

Pode-se imaginar o caos que seria causado pela aprovação desse projeto numa área já caótica em termos de mobilidade e acessibilidade urbana. Trata-se, afinal, do principal nó urbano da cidade, uma área sem calçadas, ciclovias, passarelas ou estacionamento

Essa área, como se sabe, já possui um grande número de empreendimentos de comércio e serviços: feiras, centros de abastecimento, centros comerciais e outros. Se nada disso incentiva o poder público a agir, de maneira propositiva e responsável (nem projeto se tem...) imaginem como não ficará Belém se o trânsito pesado, de carretas e caminhões, for multiplicado nesse pedaço já maluco de Belém.

A proposta fere o disposto na Lei 8.655/2008 (Plano Diretor Urbano de Belém).

No Facebook, corre uma petição pública, já protocolada na Câmara Municipal de Belém, alertando sobre as irregularidades do projeto de sua autoria aumentando o gabarito para construções no Entroncamento, bairro mais crítico no trânsito de Belém. 



Comentários

Marise Morbach disse…
Esse cidadão age como um gangster. Pensa como um canalha. Fala como um cretino: é o próprio!
Anônimo disse…
Isso retrata Belém, infelizmente, falta de poder e de política pública, além de justiça.
Luíza.

Postagens mais visitadas deste blog

Eleições para a reitoria da UFPA continuam muito mal

O Conselho Universitário (Consun) da UFPA foi repentinamente convocado, ontem, para uma reunião extraordinária que tem por objetivo discutir o processo eleitoral da sucessão do Prof. Carlos Maneschy na Reitoria. Todos sabemos que a razão disso é a renúncia do Reitor para disputar um cargo público – motivo legítimo, sem dúvida alguma, mas que lança a UFPA num momento de turbulência em ano que já está exaustivo em função dos semestres acumulados pela greve. Acho muito interessante quando a universidade fornece quadros para a política. Há experiências boas e más nesse sentido, mas de qualquer forma isso é muito importante e saudável. Penso, igualmente, que o Prof. Maneschy tem condições muito boas para realizar uma disputa de alto nível e, sendo eleito, ser um excelente prefeito ou parlamentar – não estou ainda bem informado a respeito de qual cargo pretende disputar. Não obstante, em minha compreensão, não é correto submeter a agenda da UFPA à agenda de um projeto específico. A de

Leilão de Belo Monte adiado

No Valor Econômico de hoje, Márcio Zimmermann, secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, informa que o leilão das obras de Belo Monte, inicialmente previsto para 21 de dezembro, será adiado para o começo de 2010. A razão seria a demora na licença prévia, conferida pelo Ibama. Belo monte vai gerar 11,2 mil megawatts (MW) e começa a funcionar, parcialmente, em 2014.

Ariano Suassuna e os computadores

“ Dizem que eu não gosto de computadores. Eu digo que eles é que não gostam de mim. Querem ver? Fui escrever meu nome completo: Ariano Vilar Suassuna. O computador tem uma espécie de sistema que rejeita as palavras quando acha que elas estão erradas e sugere o que, no entender dele, computador, seria o certo   Pois bem, quando escrevi Ariano, ele aceitou normalmente. Quando eu escrevi Vilar, ele rejeitou e sugeriu que fosse substituída por Vilão. E quando eu escrevi Suassuna, não sei se pela quantidade de “s”, o computador rejeitou e substituiu por “Assassino”. Então, vejam, não sou eu que não gosto de computadores, eles é que não gostam de mim. ”