Lamento profundamente o falecimento de Sebastião Tapajós. A palavra “profundamente” não é à toa e evoca seu sentido imediato: tudo, no artista ST, era “profundamente”. A tanto e a quanto ser impossível, para mim, encontrar sua obra na sua grandeza - porque não tenho ouvido para tanto, me resta dizer o quanto o escutei. Muito, sempre com grande admiração. Mas preciso dizer que, ao menos para mim, ST era um grande mistério. ST não falava nem de si e nem de sua musica. Não explicava, não produzia condescendências... A quem de ver, que visse e a quem de ouvir que ouvisse. Nas duas ou três vezes em que falei com ele, ele não me disse nada (no alentar dos fatos). Talvez que minhas questões tenham sido excessivas, quem sabe. Qualquer dia conto disso. Agora, o que resta, é o silêncio preenchido por música.