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Mostrando postagens de dezembro, 2009

Os 10 pecados da política cultural do PSDB - oitavo pecado: confusão de secretarias de cultura e obras

O blog está no modo "releitura". O post seguinte foi publicado originalmente no dia 2/12/2009. Retorno no fim de jeneiro. Oitavo pecado: Confusão de funções entre secretaria de cultura e secretaria de obras Cultura é espírito, e é também a transformação do espírito em coisa. Dessa maneira, pressupõe a obra arquitetônica e o urbanismo –sobretudo quando estão relacionados com a valorização do patrimônio histórico. Porém, a cultura tem outros compromissos, que não podem ser esquecidos ou secundarizados. A gestão cultural do PSDB gerou a impressão duradoura de um descompasso em prol das grandes obras arquitetônicas. Aparentemente, contingentes importantes da Secult, inclusive o próprio secretário, precisaram, com certa constância, estar a serviço de um planejamento de obras que caberia, normalmente, a outras secretarias. Não há o que questionar sobre a competência da equipe para essa função e ela assinala, talvez, o prestígio do próprio secretário de cultura na equipe, mas perman

Os 10 pecados da política cultural do PSDB - oitavo pecado: confusão de secretarias de cultura e obras

O blog está no modo "releitura". O post seguinte foi publicado originalmente no dia 2/12/2009. Retorno no fim de jeneiro. Oitavo pecado: Confusão de funções entre secretaria de cultura e secretaria de obras Cultura é espírito, e é também a transformação do espírito em coisa. Dessa maneira, pressupõe a obra arquitetônica e o urbanismo –sobretudo quando estão relacionados com a valorização do patrimônio histórico. Porém, a cultura tem outros compromissos, que não podem ser esquecidos ou secundarizados. A gestão cultural do PSDB gerou a impressão duradoura de um descompasso em prol das grandes obras arquitetônicas. Aparentemente, contingentes importantes da Secult, inclusive o próprio secretário, precisaram, com certa constância, estar a serviço de um planejamento de obras que caberia, normalmente, a outras secretarias. Não há o que questionar sobre a competência da equipe para essa função e ela assinala, talvez, o prestígio do próprio secretário de cultura na equipe, ma

Os 10 pecados da política cultural do PSDB - sexto pecado: descompromisso com a cultura popular

Estou viajando e o blog está no modo "releitura". O post a seguir foi publicado originalmente no dia 29/11/2006. Retorno no final de janeiro . Sexto pecado: Ideologia do descompromisso com a cultura popular Um mote perverso norteou a política cultural dos últimos doze anos: a idéia de que qualquer interferência na cultura popular resulta na transformação da cultura popular. Assim, a cultura popular precisa, a Secult sempre sugeriu, andar por conta própria. Essa estratégia sempre foi defendida alegando-se que não se deve proteger a cultura sob uma redoma de vidro, coisa que rapidamente a mataria. Isso é certamente verdade, mas entre proteger a cultura numa redoma e interferir nela há uma distância imensa. Se as duas extremidades são negativas – e com isso concordamos – não deixa de haver infinitas gradações entre elas. Gradações que assinalam a necessidade do Estado ter, sim, um compromisso com os produtores culturais mais básicos: com os cordões de pássaro, com o boi-bumbá, c

Os 10 pecados da política cultural do PSDB - sétimo pecado: falta de articulação c/ as políticas de comunicação

Estou viajando e o blog está no modo "releitura". O post a seguir foi publicado originalmente no dia 29/11/2006. Retorno no final de janeiro . Sétimo pecado: Falta de articulação com as políticas de comunicação Não é possível falar em política cultural, contemporaneamente, sem falar, ao mesmo tempo, sobre política de comunicação. A cultura associada à mídia pode ser descrita como o “quinto poder”, como o elemento estruturante dos imaginários coletivos e, portanto, como uma peça estratégica na construção da visibilidade da cultura local. Trata-se de uma relação de sobrevivência: na sociedade globalizada, as dinâmicas locais precisam de canais midiáticos para sobreviver, se autoproduzir e se reproduzir. Já estamos bem além das teorias críticas da comunicação, que denunciavam a mídia como um agente meramente ideológico e deformador dos perfis sociais. Os meios de comunicação têm, na verdade, um papel dinâmico, que tanto pode ser bem usado como pode ser mal usado. Uma emissora de

Os 10 pecados da política cultural do PSDB - sexto pecado: descompromisso com a cultura popular

Estou viajando e o blog está no modo "releitura". O post a seguir foi publicado originalmente no dia 29/11/2006. Retorno no final de janeiro . Sexto pecado: Ideologia do descompromisso com a cultura popular Um mote perverso norteou a política cultural dos últimos doze anos: a idéia de que qualquer interferência na cultura popular resulta na transformação da cultura popular. Assim, a cultura popular precisa, a Secult sempre sugeriu, andar por conta própria. Essa estratégia sempre foi defendida alegando-se que não se deve proteger a cultura sob uma redoma de vidro, coisa que rapidamente a mataria. Isso é certamente verdade, mas entre proteger a cultura numa redoma e interferir nela há uma distância imensa. Se as duas extremidades são negativas – e com isso concordamos – não deixa de haver infinitas gradações entre elas. Gradações que assinalam a necessidade do Estado ter, sim, um compromisso com os produtores culturais mais básicos: com os cordões de pássaro, com o b

Os 10 pecados da política cultural do PSDB - sétimo pecado: falta de articulação c/ as políticas de comunicação

Estou viajando e o blog está no modo "releitura". O post a seguir foi publicado originalmente no dia 29/11/2006. Retorno no final de janeiro . Sétimo pecado: Falta de articulação com as políticas de comunicação Não é possível falar em política cultural, contemporaneamente, sem falar, ao mesmo tempo, sobre política de comunicação. A cultura associada à mídia pode ser descrita como o “quinto poder”, como o elemento estruturante dos imaginários coletivos e, portanto, como uma peça estratégica na construção da visibilidade da cultura local. Trata-se de uma relação de sobrevivência: na sociedade globalizada, as dinâmicas locais precisam de canais midiáticos para sobreviver, se autoproduzir e se reproduzir. Já estamos bem além das teorias críticas da comunicação, que denunciavam a mídia como um agente meramente ideológico e deformador dos perfis sociais. Os meios de comunicação têm, na verdade, um papel dinâmico, que tanto pode ser bem usado como pode ser mal usado. Uma

Os 10 pecados da política cultural do PSDB - quinto pecado: ausência de políticas de leitura

Estou viajando e o blog está no modo "releitura". O post a seguir foi publicado originalmente no dia 29/11/2006. Retorno no final de janeiro . Quinto pecado: Ausência de políticas de leitura Com os índices de escolaridade que possui, o Pará precisa formar, com urgência, uma geração de leitores. A leitura é uma estratégia de promoção social complementar às políticas de educação e o espaço por excelência por meio do qual estas últimas se ligam às políticas culturais. O PSDB não percebeu isso em nenhum momento dos últimos doze anos. Não houve investimento público conseqüente na área da leitura, não houve revitalização ou ampliação dos poucos recursos existentes. A política cultural para a leitura se centrou no projeto da Feira do Livro, que, não obstante seus méritos, não pode ser considerado, realmente, como uma política de leitura. Em primeiro lugar porque está centrado numa perspectiva de troca econômica e, como se sabe, nem todo mundo pode comprar livros. Aliás, poucos podem

Os 10 pecados da política cultural do PSDB - quinto pecado: ausência de políticas de leitura

Estou viajando e o blog está no modo "releitura". O post a seguir foi publicado originalmente no dia 29/11/2006. Retorno no final de janeiro . Quinto pecado: Ausência de políticas de leitura Com os índices de escolaridade que possui, o Pará precisa formar, com urgência, uma geração de leitores. A leitura é uma estratégia de promoção social complementar às políticas de educação e o espaço por excelência por meio do qual estas últimas se ligam às políticas culturais. O PSDB não percebeu isso em nenhum momento dos últimos doze anos. Não houve investimento público conseqüente na área da leitura, não houve revitalização ou ampliação dos poucos recursos existentes. A política cultural para a leitura se centrou no projeto da Feira do Livro, que, não obstante seus méritos, não pode ser considerado, realmente, como uma política de leitura. Em primeiro lugar porque está centrado numa perspectiva de troca econômica e, como se sabe, nem todo mundo pode comprar livros. Aliás, p

Os 10 pecados da política cultural do PSDB - terceiro pecado: a confusão entre cultura e turismo

Estou viajando e o blog está no modo "releitura". O post a seguir foi publicado originalmente no dia 28/11/2006. Retorno no final de janeiro . Terceiro pecado: Confusão entre cultura e turismo A cultura possui uma relação estratégica e evidente com o turismo, mas a cultura não é só turismo. O PSDB procurou ver a cultura como um instrumento de promoção do turismo, o que é legítimo, mas, nessa operação, acabou reduzindo a complexidade e a variedade cultural à lógica imposta pelo turismo. Apresentar grandes obras como a Estação das Docas como política cultural é obscurecer grandes lacunas deixadas no campo da produção e da crítica. Apresentar obras importantes como o Museu de Arte Sacra como um projeto cuja principal função é a revitalização do turismo é perder de vistas a sua dimensão reflexiva. A cultura valoriza o turismo e isso é muito importante, mas reduzir a função da cultura a esse objetivo equivale a se desvalorizar a si mesmo. Trata-se, com efeito, de uma espécie de pr

Os 10 pecados da política cultural do PSDB - quarto pecado: ruptura do diálogo

Estou viajando e o blog está no modo "releitura". O post a seguir foi publicado originalmente no dia 28/11/2006. Retorno no final de janeiro . Quarto pecado: Ruptura do diálogo com setores importantes da intelectualidade urbana O único modo de fazer uma política cultural democrática é viabilizando a constância do diálogo com os artistas e intelectuais locais. Isso não quer dizer – e aí reside uma das faltas mais graves do PSDB – que a política cultural seria feita para eles, para esses agentes, mas sim com eles, necessariamente e permanentemente, porque a sua experiência constitui a melhor matéria reflexiva que se pode ter para elaborar políticas no campo da cultura. O fato é que o PSDB sempre pressupôs que os artistas e intelectuais são movidos por interesses pessoais, e pretendem, exclusivamente, encontrar formas de se beneficiar das benesses do Estado. Ora, pensar dessa maneira é pressupor que o artista é um agente social norteado pelo interesse econômico, coisa que não é,

Os 10 pecados da política cultural do PSDB - terceiro pecado: a confusão entre cultura e turismo

Estou viajando e o blog está no modo "releitura". O post a seguir foi publicado originalmente no dia 28/11/2006. Retorno no final de janeiro . Terceiro pecado: Confusão entre cultura e turismo A cultura possui uma relação estratégica e evidente com o turismo, mas a cultura não é só turismo. O PSDB procurou ver a cultura como um instrumento de promoção do turismo, o que é legítimo, mas, nessa operação, acabou reduzindo a complexidade e a variedade cultural à lógica imposta pelo turismo. Apresentar grandes obras como a Estação das Docas como política cultural é obscurecer grandes lacunas deixadas no campo da produção e da crítica. Apresentar obras importantes como o Museu de Arte Sacra como um projeto cuja principal função é a revitalização do turismo é perder de vistas a sua dimensão reflexiva. A cultura valoriza o turismo e isso é muito importante, mas reduzir a função da cultura a esse objetivo equivale a se desvalorizar a si mesmo. Trata-se, com efeito, de uma e

Os 10 pecados da política cultural do PSDB - quarto pecado: ruptura do diálogo

Estou viajando e o blog está no modo "releitura". O post a seguir foi publicado originalmente no dia 28/11/2006. Retorno no final de janeiro . Quarto pecado: Ruptura do diálogo com setores importantes da intelectualidade urbana O único modo de fazer uma política cultural democrática é viabilizando a constância do diálogo com os artistas e intelectuais locais. Isso não quer dizer – e aí reside uma das faltas mais graves do PSDB – que a política cultural seria feita para eles, para esses agentes, mas sim com eles, necessariamente e permanentemente, porque a sua experiência constitui a melhor matéria reflexiva que se pode ter para elaborar políticas no campo da cultura. O fato é que o PSDB sempre pressupôs que os artistas e intelectuais são movidos por interesses pessoais, e pretendem, exclusivamente, encontrar formas de se beneficiar das benesses do Estado. Ora, pensar dessa maneira é pressupor que o artista é um agente social norteado pelo interesse econômico,

Os 10 pecados da política cultural do PSDB - 2o pecado: a ausência de interiorização

Estou viajando e o blog está no modo "releitura". O post a seguir foi publicado originalmente no dia 28/11/2006. Retorno no final de janeiro . Segundo pecado: Ausência de interiorização A política cultural do PSDB produziu efeitos importantes, a ponto de ter sido, como observamos, um dos temas principais da campanha eleitoral recentemente havida. Porém, o cenário privilegiado – e quase exclusivo – desses efeitos, foi a capital do estado. As regiões do interior do estado foram tratadas como colônias da capital, e não como parte conexa de uma problemática cultural que resulta em variedade, e não em igualdade. É importante observar que a variedade não é, de forma alguma, um problema. Aparentemente, o governo não pôde compreender que a trama da variedade e da diversidade cultural é benéfica e, culturalmente, enriquecedora. Aparentemente, o governo precisou trabalhar com uma perspectiva binária, baseada em oposições elementares e reducionistas, como capital/interior, erudito/popul

Os 10 pecados da política cultural do PSDB - 2o pecado: a ausência de interiorização

Estou viajando e o blog está no modo "releitura". O post a seguir foi publicado originalmente no dia 28/11/2006. Retorno no final de janeiro . Segundo pecado: Ausência de interiorização A política cultural do PSDB produziu efeitos importantes, a ponto de ter sido, como observamos, um dos temas principais da campanha eleitoral recentemente havida. Porém, o cenário privilegiado – e quase exclusivo – desses efeitos, foi a capital do estado. As regiões do interior do estado foram tratadas como colônias da capital, e não como parte conexa de uma problemática cultural que resulta em variedade, e não em igualdade. É importante observar que a variedade não é, de forma alguma, um problema. Aparentemente, o governo não pôde compreender que a trama da variedade e da diversidade cultural é benéfica e, culturalmente, enriquecedora. Aparentemente, o governo precisou trabalhar com uma perspectiva binária, baseada em oposições elementares e reducionistas, como capital/interior, erudito/

Os 10 pecados da política cultural do PSDB - 1o pecado: o Elitismo

Estou viajando e o blog está no modo "releitura". O post a seguir foi publicado originalmente no dia 28/11/2006. Retorno no final de janeiro. Primeiro Pecado: Elitismo Elitismo é a crítica mais comum que, nos últimos doze anos, tem sido feita à política cultural do PSDB. Comumente, se compreende elitismo como uma cultura dita “de elite”, acusando-a de dialogar, quase exclusivamente, com produções culturais eruditas. Na verdade, porém, o verdadeiro elitismo é uma ação voltada para grupos privilegiados da sociedade e desenvolvida por meio de estratégias autoritárias. Ou seja, o elitismo não está, primordialmente, no objeto cultural, seja ele “erudito” ou não, mesmo porque os objetos culturais “eruditos” são legítimos e importantes para o desenvolvimento social. Ele está, na verdade, na forma fechada da política cultural, na sua intransigência em dialogar com agentes culturais que se distanciam dos padrões “eruditos”, na arrogância presente na sua visão de mundo e na sua tenacid

Os 10 pecados da política cultural do PSDB - 1o pecado: o Elitismo

Estou viajando e o blog está no modo "releitura". O post a seguir foi publicado originalmente no dia 28/11/2006. Retorno no final de janeiro. Primeiro Pecado: Elitismo Elitismo é a crítica mais comum que, nos últimos doze anos, tem sido feita à política cultural do PSDB. Comumente, se compreende elitismo como uma cultura dita “de elite”, acusando-a de dialogar, quase exclusivamente, com produções culturais eruditas. Na verdade, porém, o verdadeiro elitismo é uma ação voltada para grupos privilegiados da sociedade e desenvolvida por meio de estratégias autoritárias. Ou seja, o elitismo não está, primordialmente, no objeto cultural, seja ele “erudito” ou não, mesmo porque os objetos culturais “eruditos” são legítimos e importantes para o desenvolvimento social. Ele está, na verdade, na forma fechada da política cultural, na sua intransigência em dialogar com agentes culturais que se distanciam dos padrões “eruditos”, na arrogância presente na sua visão de mundo e na sua te

Os 10 pecados da política cultural do PSDB no Pará - Introdução

Estou viajando e o blog está no modo "releitura". O post a seguir foi publicado originalmente no dia 28/11/2006. Retorno no final de janeiro. Resolvi publicar no blog a primeira parte do novo paper do Laboratório de Sociomorfologia, no qual discuto o que seria uma gestão de política cultural social e democrática. O momento é oportuno, justamente, porque dentro de pouco mais de um mês começa o governo de Ana Júlia no Pará. O momento é impressionante: primeiro governo petista no estado e primeira mulher a governá-lo. Na área cultural, a missão será árdua, porque a gestão anterior, nos seus doze anos de ação, deixou lacunas graves, mas também obras de visibilidade e apelo. A idéia é contribuir com a discussão já em curso na cidade. A primeira parte deste novo paper do LabSo faz uma crítica da gestão do PSDB. A segunda parte alinha alguns elementos que deveriam nortear a próxima gestão cultural. Seguem os 10 pecados anunciados. Publicare3i um por dia, para não cansar: O PSDB - nã

Os 10 pecados da política cultural do PSDB no Pará - Introdução

Estou viajando e o blog está no modo "releitura". O post a seguir foi publicado originalmente no dia 28/11/2006. Retorno no final de janeiro. Resolvi publicar no blog a primeira parte do novo paper do Laboratório de Sociomorfologia, no qual discuto o que seria uma gestão de política cultural social e democrática. O momento é oportuno, justamente, porque dentro de pouco mais de um mês começa o governo de Ana Júlia no Pará. O momento é impressionante: primeiro governo petista no estado e primeira mulher a governá-lo. Na área cultural, a missão será árdua, porque a gestão anterior, nos seus doze anos de ação, deixou lacunas graves, mas também obras de visibilidade e apelo. A idéia é contribuir com a discussão já em curso na cidade. A primeira parte deste novo paper do LabSo faz uma crítica da gestão do PSDB. A segunda parte alinha alguns elementos que deveriam nortear a próxima gestão cultural. Seguem os 10 pecados anunciados. Publicare3i um por dia, para não cansar: O P

Aula sobre Representações Sociais - Ficha 5

Estou viajando e o blog está no modo "releitura". O post a seguir foi publicado originalmente no dia 22/11/2006. Retorno no final de janeiro. A perspectiva metodológica  A influência do método fenomenológico: o Etapa 1: objetivação (ou reificação) – realização de uma seleção dos significados possíveis e sua ordenação com fins práticos. § Sub-etapa a: Seleção - filtragem da informação disponível, o que se dá por meio de distorções, inversões e reduções, eliminações, retenções ou supressões de atributos, observando-se a interação da representação social analisada em relação às ideologias e aos sistemas de valores que as envolvem; § Sub-etapa b: Formação de esquemas figurativos – constituição de um padrão – de uma imagem – plena de sentido e, portanto, coerente para os atores sociais envolvidos na etapa anterior. § Sub-etapa c: Naturalização – aproximação dos “equemas figurativos” constituídos à realidade, aqui compreendida em termos de “consenso”. o Etapa 2: ancoragem - enraiza

Aula sobre Representações Sociais - Ficha 5

Estou viajando e o blog está no modo "releitura". O post a seguir foi publicado originalmente no dia 22/11/2006. Retorno no final de janeiro. A perspectiva metodológica  A influência do método fenomenológico: o Etapa 1: objetivação (ou reificação) – realização de uma seleção dos significados possíveis e sua ordenação com fins práticos. § Sub-etapa a: Seleção - filtragem da informação disponível, o que se dá por meio de distorções, inversões e reduções, eliminações, retenções ou supressões de atributos, observando-se a interação da representação social analisada em relação às ideologias e aos sistemas de valores que as envolvem; § Sub-etapa b: Formação de esquemas figurativos – constituição de um padrão – de uma imagem – plena de sentido e, portanto, coerente para os atores sociais envolvidos na etapa anterior. § Sub-etapa c: Naturalização – aproximação dos “equemas figurativos” constituídos à realidade, aqui compreendida em termos de “consenso”. o Etapa 2: ancorag

Aula sobre Representações Sociais - Ficha 3

Estou viajando e o blog está no modo "releitura". O post a seguir foi publicado originalmente no dia 19/11/2006. Retorno no final de janeiro. Os desenvolvimentos do núcleo teórico Abric (1989)  cria o modelo de um núcleo central que teria duas funções organizar a hierarquização interna das representações atuar como uma força homogeneizadora de grande impacto sobre as instâncias culturais da sociedade e sobre os processos psicológicos do indivíduo e do grupo. Flament (1994)  estabelece uma diferença entre as representações fortes, bem estruturadas e plenas de sentido, capazes de conferir uma orientação semiótica aos seus diversos “satélites cognitivos” e as representações fracas, pouco organizadas e dispersas. Dan Sperber (1996)  desenvolve a noção de « epidemiologia das representações », com o que pretende investigar a « propagação dos estados mentais em uma população » Rouquette et Rateau (1998) abordam as relações intergrupos e intragrupos, classificando as representações e

Aula sobre Representações Sociais - Ficha 3

Estou viajando e o blog está no modo "releitura". O post a seguir foi publicado originalmente no dia 19/11/2006. Retorno no final de janeiro. Os desenvolvimentos do núcleo teórico Abric (1989)  cria o modelo de um núcleo central que teria duas funções organizar a hierarquização interna das representações atuar como uma força homogeneizadora de grande impacto sobre as instâncias culturais da sociedade e sobre os processos psicológicos do indivíduo e do grupo. Flament (1994)  estabelece uma diferença entre as representações fortes, bem estruturadas e plenas de sentido, capazes de conferir uma orientação semiótica aos seus diversos “satélites cognitivos” e as representações fracas, pouco organizadas e dispersas. Dan Sperber (1996)  desenvolve a noção de « epidemiologia das representações », com o que pretende investigar a « propagação dos estados mentais em uma população » Rouquette et Rateau (1998) abordam as relações intergrupos e intragrupos, classificando as repres

Aula sobre Representações Sociais - Ficha 2

Estou viajando e o blog está no modo "releitura". O post a seguir foi publicado originalmente no dia 18/11/2006. Retorno no final de janeiro. Referencial teórico fundador o  Serge Moscovici (1961). Objeto: Que são as “representações sociais”? As regras que regem os pensamentos coletivos e, portanto, a subjetividade manisfesta: as visões de mundo, os espíritos do tempo, o senso comum, os consensos e estereótipos, crenças e preconceitos, o pensamento banal, o pensamento “naïf”, o quotidiano. “Conjuntos dinâmicos de teorias ou de ciências coletivas sui generis, destinadas à interpretação e à descrição do real. (...) Um corpus de temas, de princípios, tendo uma unidade e se qplicando a zonas, de existência e de atividade, particulares (que) determinam o campo das comunicações possíveis, dos valores ou das idéias presentes nas visões partilhadas pelos grupos e que regem, a partir de então, as contudas desejáveis e admissíveis”. o  Tese 1 de Moscovici: O impulso mediático:  A espec

Aula sobre Representações Sociais - Ficha 2

Estou viajando e o blog está no modo "releitura". O post a seguir foi publicado originalmente no dia 18/11/2006. Retorno no final de janeiro. Referencial teórico fundador o  Serge Moscovici (1961). Objeto: Que são as “representações sociais”? As regras que regem os pensamentos coletivos e, portanto, a subjetividade manisfesta: as visões de mundo, os espíritos do tempo, o senso comum, os consensos e estereótipos, crenças e preconceitos, o pensamento banal, o pensamento “naïf”, o quotidiano. “Conjuntos dinâmicos de teorias ou de ciências coletivas sui generis, destinadas à interpretação e à descrição do real. (...) Um corpus de temas, de princípios, tendo uma unidade e se qplicando a zonas, de existência e de atividade, particulares (que) determinam o campo das comunicações possíveis, dos valores ou das idéias presentes nas visões partilhadas pelos grupos e que regem, a partir de então, as contudas desejáveis e admissíveis”. o  Tese 1 de Moscovici: O impulso mediático: 

Aula sobre Representações Sociais - Ficha 1

Estou viajando e o blog está no modo "releitura". O texto a seguir foi publicado originalmente no dia 13/11/2006. Retorno no final de janeiro. Fontes teóricas primárias da Representações Sociais · ·  Émile Durkheim Objetivo: comprovar a realidade e a autonomia dos fenômenos psíquicos e, assim, refutar toda concepção organiscista da consciência, de modo a combater a idéia de uma origem mecanicista e linear dos fenômenos da subjetividade – o biologismo, ou fisiologismo, social, etc. Noções fundamentais: simbolismo social, idealizações coletivas (in Représentations individuelles et représentations collectives, In Revue de métaphysique et de morale, tome IV, mai 1898). ·  Escola durkheimiana Objetivo: a exploração das subjetividades sociais Influências: Marcel Mauss (teoria do don), École des Annales, os estudos do desenvolvimento cognitivo empreendido por Piaget, o interacionismo simbólico de Levy-Bruhl e o estruturalismo. ·  Fenomenologia

Aula sobre Representações Sociais - Ficha 1

Estou viajando e o blog está no modo "releitura". O texto a seguir foi publicado originalmente no dia 13/11/2006. Retorno no final de janeiro. Fontes teóricas primárias da Representações Sociais · ·  Émile Durkheim Objetivo: comprovar a realidade e a autonomia dos fenômenos psíquicos e, assim, refutar toda concepção organiscista da consciência, de modo a combater a idéia de uma origem mecanicista e linear dos fenômenos da subjetividade – o biologismo, ou fisiologismo, social, etc. Noções fundamentais: simbolismo social, idealizações coletivas (in Représentations individuelles et représentations collectives, In Revue de métaphysique et de morale, tome IV, mai 1898). ·  Escola durkheimiana Objetivo: a exploração das subjetividades sociais Influências: Marcel Mauss (teoria do don), École des Annales, os estudos do desenvolvimento cognitivo empreendido por Piaget, o interacionismo simbólico de Levy-Bruhl e o estruturalismo. ·  Fenomenologia