Meu avô e eu, em frente ao hotel Chapéu Virado, Mosqueiro. Foto de Braz da Rocha, 1974. Jamais poderei esquecer daquele início de noite, nos fundos da boate Matapi, bairro do Ariramba, em Mosqueiro, anos 70, quando, durante a pipoca dançante que tinha lugar no final das tardes de domingo, uma moça que, em minha compreensão era linda, três, quatro ou cinco anos mais velha do que eu e muito atirada, me disse, “Então, tu que és o neto do comandante, não és?” “Sou”, respondi, acanhado, sem saber porque é que aquela moça sismara comigo e me puxara até as encostas da festa, rente ao matagal que dava para trás do Matapi e de frente para o terreno dos Souza Franco, ali onde tudo era escuro e ninguém nos via. “Se tu quiseres eu te mostro meus peitos, mas não podes pegar, só olhar, viste?” “Vi!”, respondi, coração batendo, respiração acelerada. “Viste ou não viste?”, ela perguntou, meio brava, como se não tivesse ouvido minha resposta. “Vi!”. Aceitei a extremada oferta e a moça baixou, repentina