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Mostrando postagens de maio, 2016

E o PT, hein?

O que dizer quando o Diretório estadual do PT libera a formação de alianças com o PMDB e quando libera seus militantes para permaneceram com DASs no governo Temer? Como explicar essas contradições a um militante, a um simpatizante ou mesmo a alguém que, não sendo do PT, sente respeito pelos compromissos do partido e repudia o golpe de estado em curso? Como se sabe, isso ocorreu no último sábado e é oficial: o Diretório Estadual do PT, no Pará, decidiu. Fazendo um jogo de palavras (esse recurso que infesta os documentos politicamente comprometedores) deixa de "determinar" para "orientar" os militantes ocupantes de cargos comissionados no governo golpista a pedirem sua exoneração. Em outro momento, admite e mesmo facilita a manutenção de alianças com o PMDB. Pois é. Não dá para explicar. Confesso que estou chocado e impressionado com o nível político do dessas decisões, que convertem em lixo todo o patrimônio simbólico e ético que sustenta a permanência de mu

Outro artigo publicado: "Marca Amazônia: Estratégias de Comunicação Publicitária, Ambientalismo e Sustentabilidade".

Mais um artigo meu publicado recentemente: "Marca Amazônia: Estratégias de Comunicação Publicitária, Ambientalismo e Sustentabilidade". Escrito junto com os colegas e amigos Profs. Otacílio Amaral Filho e Alda Cristina Silva da Costa. Na Revista de Comunicação Midiática, editada pelo Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade Estadual Paulista - Unesp Link para o artigo na revista e link para o artigo no Academia.edu . Resumo: O artigo discute as estratégias de comunicação publicitária de duas empresas que atuam na região Amazônica e que procuram se associar com valores ambientalistas, notadamente com o compromisso de sustentabilidade ecológica e social nas ações econômicas que exploram recursos amazônicos. Procura-se construir um inventário de imagens, ou figurações, logotécnicas, plásticas e conceituais que conformam essa marca Amazônia e perceber como as duas empresas observadas dialogam com esse inventário. A partir dessa relação, procuramos co

Meu novo artigo: "A Narrativa Documental Diegética"

Publicado na revista Sessões do Imaginário, da PUC-RS, meu novo artigo: A Narrativa Documental Diegética.  Link para a revista e link para o artigo no Academia.edu Resumo  O artigo discute o ethos da ação interpretativa na realização do filme etnográfico e, a partir dela, a natureza do trabalho com imagens na pesquisa social. Compreendendo essa ação interpretativa como um processo diegético, procura-se refletir sobre a validade do método interpretativo, sobre a relação política que ele mantém com a realidade e com sua própria eficácia. Em termos gerais, o artigo opõe a narrativa diegética à narrativa, por assim dizer, dialética. A primeira reproduz um padrão narrativo hermenêutico, ou melhor, compreensivo e interpretativo. A segunda, por sua vez, está centrada na exigência de uma vigilância epistemológica da imagem, um exigência da ordem da descrição, necessaria- mente objetivista.  Sessões do Imaginário, Porto Alegre, v. 20, n. 33,pp.20-26. DOI: http://dx.doi.org/1

7 Notas rápidas sobre as gravações de Romero Jucá

1. As gravações de Romero Jucá provam, sobretudo, que a Procuradoria Geral da República e o Supremo Tribunal Federal (STF) tinham conhecimento e pactuavam com o desvio de finalidade do processo de impeachment. Ou seja: sabiam que era golpe, sim! E apoiavam o golpe. Pois nada fizeram. Sabiam e nada fizeram. Se a gravação tivesse sido divulgada antes, Dilma não teria sido deposta e a República não teria sido usurpada. 2. Tudo isso, a fundo, é apenas um golpe dentro do golpe. O novo golpe está sendo dado por uma parte do PSDB que pretende fragilizar o PMDB, se livrar de Aécio e construir a candidatura de Serra. Aécio é indefensável e vai ser degolado, mais cedo ou mais tarde, pela Lava Jato. O PMDB é visto pelo PSDB como a sua alavanca para tomar o poder, apenas. Serra, historicamente desprezado por FHC, foi por ele - e pela Folha de São Paulo, em editorial publicado no domingo - saudado como "estadista”. 3. Outro efeito da gravação de Jucá é aumentar ainda mai

UFPA: golpismo e exceção

Estou fora do estado e com acesso difícil à internet, mas ainda q rapidamente gostaria de expressar minha opinião e minha posição sobre a renúncia do reitor da UFPA, Carlos Maneschy e ao processo repentino, atropelado e irresponsável de sucessão à reitoria. Renunciar à Reitoria para fazer carreira política, ainda que ato legítimo - posto que amparado pelo foro íntimo do que renuncia - é, sem dúvida, eticamente questionável. Sempre que o interesse pessoal, privado e grupal prevalece sobre o interesse coletivo se abre uma questão ética. Pior ainda fazê-lo no momento delicado em que o país se encontra. E, ainda mais grave, é fazê-lo partidarizando a UFPA, associando a disputa à Reitoria aos interesses do PMDB. É preciso perceber que a candidatura Tourinho à reitoria está indelevelmente associada à candidatura Maneschy, pelo PMDB, à prefeitura de Belém. No Brasil das exceções, a UFPA, segue a norma excessionista, e isso com aval de pessoas respeitáveis. A UFPA começou a seguir a