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Mostrando postagens com o rótulo Política Internacional EUA

O nome do poder

Já se tem o nome do Chief of Staff de Joe Biden: Ron Klain, 59 anos, ex- senador, advogado formado por Harvard. Figura conhecida dos corredores da W.H., posto que foi chefe de gabinete de dois ex-vice-presidentes, Al Gore e do próprio Joe Biden. Além disso, atuou, por nomeação direta de Barak Obama, na consolidação de um plano estratégico de contenção do vírus Ébola nos Estados Unidos.  Na escolha, pesa a longa amizade entre Biden e Klein e a notória posição pública de Klein contra a maneira como Trump tem tratado a pandemia Covid-19. Chief os Staff é o cargo mais importante da democracia norte-americana, abaixo do de presidente. É mais importante que ser vice, que ser secretário de Estado e secretário de Defesa, apesar de ser muito menos mediatizado do que todos esses postos.  Para quem quiser entender melhor sugiro ver a belíssima série The West Wing e, particularmente, o filme Recount (2008), de Jay Roach, a respeito das eleições presidenciais de 2000, que inspirado n...

Lost in America

Obama tenta (em vão) controlar a venda de armas nos EUA. Será em vão. Há mais de 20 anos Alice Cooper já dizia: «I can't go to school   cuz I ain't got a gun   I ain't got a gun   cuz I ain't got a job   I ain't got a job   cuz I can't go to school   So I'm looking for a girl with a gun and a job   And a house with cable!   Don't you know where you are   Lost in America»   Alice Cooper, "Lost in America"  

Definição dos EUA - por um dos melhores deles

Para bons entendedores. Que se leia o que segue e que se calem em boa hora: « Geopoliticamente, a América é uma ilha ao largo da grande massa continental da Eurásia, cujos recursos e população excedem de longe os dos Estados Unidos. A dominação por uma única potência, por qualquer das duas principais esferas - Europa ou Ásia-, é uma boa definição de perigo estratégico para a América, com guerra fria ou não. Tal agrupamento teria a capacidade de ultrapassar economicamente a América e, no final, militarmente. Seria necessário resistir então a esse perigo, mesmo que o poder dominante fosse aparentemente benevolente, pois, se as intenções alguma vez mudassem, a América achar-se-ia com a capacidade de resistência efectiva bastante diminuída e uma crescente incapacidade para moldar os acontecimentos .»   Henry Kissinger, in "Diplomacia", pp.709.

A intensão de voto, nas eleições americanas, não é o que parece.

A interpretação superficial da mídia afirma que a vantagem de Obama sobre Mitt Romney é de 52% x 48% das intenções de voto. Bobagem. Essa interpretação esquece que, sistema norte-americano, o que conta é o voto do colégio eleitoral: cada estado tem um número de votos, a partir de seus delegados. Em alguns - não em todos - quem ganha a eleição popular ganha a totalidade dos delegados, o que faz toda a diferença. Assim, estrategicamente, o que vale é ganhar "por pouco" nesses estados. E, com essa medida, Obama praticamente já fechou a conta; será reeleito. Para quem se interessar pelo tema, segue aqui uma aula sobre o assunto. Vejam só: A eleição de 2000 foi vencida por Bush Jr por apenas 4 votos de delegados. Naquele ano Gore inclusive ganhou no voto popular geral, mas o pequeno estado de New Hampshire, com apenas 4 delegados, foi o único do Nordeste (Nova Inglaterra) a não apoiá-lo, e isso decidiu para Bush Jr.- além da nunca bem explicada recontagem de votos na Flórid...

Dez fatos chocantes sobre os EUA

1- Os Estados Unidos têm a maior população prisional do mundo , compondo menos de 5% da humanidade e mais de 25% da humanidade presa. Em cada 100 americanos 1 está preso. A subir em flecha desde os os anos 80, a surreal taxa de encarceramento dos EUA é um negócio e um instrumento de controlo social. À medida que o negócio das prisões privadas alastra como gangrena, uma nova categoria de milionários consolida o seu poder político. Os donos destes cárceres são também na prática donos de escravos, que trabalham nas fábricas no interior prisão por salários inferiores a 50 cêntimos por hora.  Este trabalho escravo é tão competitivo, que muitos municípios hoje sobrevivem financeiramente graças às suas próprias prisões camarárias, aprovando simultaneamente leis que vulgarizam sentenças de até 15 anos de prisão por crimes menores como roubar pastilha elástica. O alvo destas leis draconianas são os mais pobres mas sobretudo os negros, que representando apenas 13% da população ameri...

Ao definir identidade política, Mitt Romney dispara e se torna o virtual candidato republicano

Enquanto na França a campanha se acirra e entra na reta final, nos EUA, esta semana, Mitt Romney desponta como o candidato republicano que vai enfrentar Obama. Tendo ganhado as cinco primárias realizadas na terça-feira passada, o último fim de semana parece ter definido apoios e articulações que garantem seu nome na disputa.  Romney venceu 29 das 43 primárias já realizadas. A última delas terá lugar dia 26 de junho próximo. Ainda que não disponha, ainda, do número suficiente de delegados para garantir sua indicação, a vitória de ontem consolida sua posição - além de condenar seu principal rival, Rick Santorum, torna praticamente certo a saída da disputa do candidato ultra-conservador, Newt Gingrich. O movimento político que levou Romney à vitória do dia 24 de abril iniciou duas semanas antes, com uma significativa redução dos ataques a Obama.  Essa estratégia foi bem demarcada com o lançamento de um novo slogan para sua campanha, um slogan construtivo e mediad...

O Twitter vai à guerra

É uma notícia impressionante, penso: leio no Courrier International, da UNESCO, que o Twitter se tornou a principal via de comunicação entre os talibãs e as forças da OTAN, que os combatem. As duas forças estão usando o mecanismo para uma verdadeira guerra de palavras, mútuas acusações e trocas de ameaças. E, também, como arma de propaganda, com mensagens cifradas e subliminares que têm o objetivo de desmoralizar o inimigo face à opinião pública. Os talibãs começaram primeiro, com uma estratégia de reunir 9 mil guerrilheiros transmitindo mensagens usando somente dois perfis combatentes: @alemarahweb, que transmite informações oficiais e que indica sites e gadgets interessantes para seu combate e @ABalkhi, que transmite mensagens agressivas, de resistência à OTAN. As forças da aliança ocidental, acabrunhadas com essa guerrilha, contraatacaram: em um ano, apenas, passou de 763 assinates do Twitter, dentre seus combatentes, para 18 mil. O general que comanda as operações ociden...

A apresentadora da TV russa que mostrou o "middle finger" para Obama

EUA acabam de cortar seu financiamento para a Unesco

Na manhã de hoje a Unesco aprovação a filiação da Palestina na instituição, recebendo-a como novo membro pleno. Poucas horas depois, os Estados Unidos informaram que interromperam seu financiamento agência, braço cultural e educacional da Organização das Nações Unidas. A porta-voz do Departamento de Estado norte-americano Victoria Nuland disse a repórteres que os EUA não tinham escolha a não ser suspender os financiamentos por causa da lei norte-americana, dizendo que Washington não faria a transferência de 60 milhões de dólares planejada para novembro. A Unesco é a primeira entidade da ONU à qual os palestinos buscaram adesão como membro pleno desde que o presidente Mahmoud Abbas fez o pedido à ONU para ser um Estado-membro completo da organização, em 23 de setembro. Estados Unidos, Canadá e Alemanha votaram contra o pedido dos palestinos na Unesco. Brasil, Rússia, China, Índia, África do Sul e França votaram a favor. A Grã-Bretanha se absteve da votação. Vários programas nas área...

Chomsky, a respeito da decadência norte-americana

Por Noam Chosmky, a respeito da crise nortre-americana, mostrando que suas conseqüências se estendem para bem alem do plano econômico: É um tema comum que os Estados Unidos, que há apenas alguns anos era visto como um colosso que percorreria o mundo com um poder sem paralelo e um atrativo sem igual (…) estão em decadência, enfrentando atualmente a perspectiva de uma deterioração definitiva, assinala Giacomo Chiozza, no número atual de Political Science Quarterly.   A crença neste tema, efetivamente, está muito difundida. Em com certa razão, se bem que seja o caso de fazer algumas precisões. Para começar, a decadência tem sido constante desde o ponto culminante do poderio dos EUA, logo após a Segunda Guerra Mundial, e o notável triunfalismo dos anos 90, depois da Guerra do Golfo, foi basicamente um autoengano. Continua no site da Carta Maior .

Por que divulgaram esta foto?

Concordo com o Brizola Neto : É estarrecedora a divulgação desta foto. Na Casa Branca, Obama e seus auxiliares assistem ao vivo a execução de Osama Bin Laden. Brizola Neto se perguntou: "Qual a finalidade? Ele ia dar ordens, orientações, comandos aos militares que estavam na operação? Vai por ali, Jack, dê cobertura a ele, John?” Um mero videogame... Gostaria de saber por que razão, afinal, a própria Casa Branca divulgou esta foto... Qual pode ter sido o objetivo?

7 notas sobre a morte de Bin Laden, depois de ler o que a imprensa americana e inglesa dizem a respeito

1 - A morte de Bin Laden é apenas um fato simbólico-político. Não tem grande efeito prático sobre a estrutura de guerrilha da Al-Khaida, à medida em que Bin Laden estava, ao que tudo indica, afastado há bastante tempo do comando da organização. 2 - Obama é o grande vitorioso da história. Como disse  The Guardian ,  de Londres, "raramente se vê um presidente em exercício receber um presente como esse em ano eleitoral" . Ou, como afirmou  Howard Fineman , diretor editorial do  Huffington Post ,  "é a melhor notícias para Obama desde que os construtores automobilísticos americanos recomeçaram a ter lucros". 3 - A mídia conservadora norte-americana já começou a fazer tudo para diminuir o brilho da vitória de Obama. É curiosa a tática do  Washington Post , que se transformou numa edição de homenagem aos serviços secretos do país e às forças armadas com o objetivo de tirar do presidente o protagonismo do evento. 4 - O  site  Politico  prod...

De 2007 a 2009 riqueza das famílias americanas caiu 23%

A riqueza das famílias americanas caiu 23% entre os anos de 2007 e 2009, informou nesta quinta-feira o Federal Reserve (Fed). A pesquisa que foi feita no ano de 2007 e repetida em 2009, para tentar captar os efeitos da recessão no país, revela que a riqueza das famílias caiu de uma média de US$ 125 mil, em 2007, para US$ 96 mil, em 2009. O cálculo da riqueza considera os rendimentos e os ganhos das famílias com imóveis e investimentos em ações. Segundo o Fed, o novo relatório oferece uma visão precisa de como a recessão atingiu as famílias e como elas reagiram. A crise financeira de 2008 resultou no sumiço abrupto de trilhões de dólares para lares americanos. As famílias contraíram mais dívidas, empurrando os níveis de endividamento para uma média de US$ 75.600, ante uma média de US$ 70.300 anos antes. Elas também ganharam menos dinheiro. A renda familiar média caiu para US$ 49.800 de US$ 50.100. Famílias com renda abaixo da média nacional, em 2007, viram seus ganhos aumentarem...

De Michael Moore, mais alguns podres dos EUA

Reproduzo um artigo de Michael Moore, que ajuda muito a entender a máquina social americana no que tem de cínica e amoral: “As três mentiras”, Madison, Wisconsin Michael Moore Ao contrário do que diz o poder, que quer que vocês desistam das pensões e aposentadorias, que aceitem salários de fome, e voltem para casa em nome do futuro dos netos de vocês, os EUA não estão falidos. Longe disso. Os EUA nadam em dinheiro. O problema é que o dinheiro não chega até vocês, porque foi transferido, no maior assalto da história, dos trabalhadores e consumidores, para os bancos e portfólios dos hiper mega super ricos. Hoje, 400 norte-americanos têm a mesma quantidade de dinheiro que metade da população dos EUA, somando-se o dinheiro de todos. Vou repetir. 400 norte-americanos obscenamente ricos, a maior parte dos quais foram beneficiados no ‘resgate’ de 2008, pago aos bancos, com muitos trilhões de dólares dos contribuintes, têm hoje a mesma quantidade de dinheiro, ações e propriedades que tudo q...

Alguns dados sobre a diferença social nos EUA

Alguns dados sobre a diferença social nos Estados Unidos, a maior desigualdade social da história Americana, publicados pela revista Bussiness Insider.  1) O topo de 0,01% da população ganha 976 vezes mais do que 90% dos americanos. (The Nation Online) 2) Metade dos americanos detem somente o 2,5% da riqueza nacional. O 1% mais rico, 33,8% (Institute for Policy Studies) 3) O 1% mais rico detem 50,9% das ações americanas. O 50% mais pobre, 2,5%. 4) Em 1986, o 1% mais rico levava 38% dos ganhos de capital, enquanto que o 80% mais pobre tomava o 25%. Hoje, o 1% mais rico leva quase 58%, e o 80% mais pobre, 13%. 5) Enquanto que na última década os salários dos CEOs cresceram 298,2%, a paga dos trabalhadores aumentou somente 4,3%, e o salário mínimo diminuiu 9,3%. 6) O salário hora promédio se mantém práticamente no mesmo valor real desde 1964 (ao redor de 18 dólares/ hora) 7) A taxa de poupança pessoal caiu de 10,9% em 1982 a 2,7% em 2008 (BoEA) 8) As chances de ascensão social, que ...