Senhoras e Senhores, A língua francesa se me presta para a filosofia e é por meio dela que algumas perguntas me vêm, sonolentas, quando nem mesmo estou esperando. Uma dessas perguntas me veio, certa vez, imediatamente após uma conversação, sempre instigante, sempre plena de potenciais filosóficos, com minha amiga Marise R. M. E foi a seguinte: Est-ce un devoir que d'être soi-même? A qual traduziria assim: Temos o dever, de fato, de sermos quem somos? Imperioso é não confundir essa questão com o Γνῶθι σεαυτόν, Gnothi seauton – Conhece-te a ti mesmo, também sabido como nosce te ipsum, em latim – tão cara ao mundo antigo, pois não se trata de conhecer quem verdadeiramente quem se é, se é que se é verdadeiramente alguma coisa, ou mesmo alguém, mas sim de se ter o dever de ser quem se é, após tê-lo descoberto. Todas as vezes que converso com a querida Marise minha mente fervilha de ideias, mas sobretudo de perguntas, em geral desprovidas de coetâneas respostas. Na verdade, i
Fábio Fonseca de Castro - Fábio Horácio-Castro - fabiofonsecadecastro.org fabiohoraciocastro.com