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Mostrando postagens de março, 2014

Belém explode de violência. E o Governo Jatene com isso? E as políticas sociais com isso?

Há alguns dias meu filho foi assaltado, pela segunda vez, e na mesma rua, a Quintino, entre José Malcher e João Balbi. Hoje mesmo uma vizinha foi assaltada, quando entrava no prédio. Ela e o porteiro foram rendidos por um assaltante armado. O sujeito tinha um cúmplice, também armado, que dirigia uma moto. Nenhum desses dois acontecimento, felizmente, produziu uma violência maior que a já imensa violência de ser assaltado. Mas é preciso pensar na questão da segurança, porque, independentemente de episódios pessoais, é evidente que Belém, que o Pará, estão vivendo num tempo de completo descontrole, de radical descaso e absurda incompetência com a questão da segurança pública – afora, é claro, as outras inúmeras questões de descontrole, descaso e incompetência que nos rodeiam: na gestão pública, na educação, na economia, nos transportes públicos, na cultura... Agora, se me permitem refletir um pouco sobre essa questão, quero observar algo a respeito do assalto do meu filho. Logo apó

E se o vôo da Malasya Airlines tivesse sido vítima da síndrome de Amok?

O sumiço do vôo da Malasya Airlines tem ativado as imaginações. Numa sociedade midiatizada e globalizada, as hipóteses reproduzem os temas comuns que são recorrentes nas narrativas jornalísticas, ficcionais e na cultura trivial da vida quotidiana. O sequestro do vôo por terroristas e por óvnis, um conflito de “dimensões” superpostas no espaço-tempo, desintegrações “trans-gravitacionais” e uma incrível materialização de “Lost”, o seriado, na telerrealidade têm sido temas evocados, em simultâneo, por gente séria e por gente, digamos “maluca”. Bom, podemos botar mais lenha na fogueira: E se um dos pilotos (ou os dois) tivessem sucumbido à síndrome de Amok? Trata-se de uma síndrome cultural, uma doença psiquiátrica, que já apaixonou cientistas e escritores – por exemplo, Stefan Zweig, que se baseou nela para escrever “Amok. O louco da Malásia”. Essa doença foi estudada por Georges Duvereaux, o fundador da ethnopsiquiatria e está presente no imaginário cultural da região, da Indochin

Antropologia e Comunicação

Estou aqui em Belém pelas próximas três semanas para alguns compromissos acadêmicos. Hoje, às 9h, faço a aula inaugural do ano letivo no Programa de Pós-graduação em Antropologia da UFPA, que terá o título "Antropologia e Comunicação".