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Mostrando postagens de janeiro, 2016

Sobre Christiane Taubira

“As vezes, resistir significa ficar. E as vezes significa partir. Por fidelidade a si mesmo”. Foi com esse tweet que Christiane Taubira, ministra da justiça da França, anunciou que saia do governo, que deixava o gabinete do primeiro-ministro Manuel Vals e, portanto, o governo Hollande. Taubira era a fiadora do governo Hollande. A caução socialista de um governo que prometeu ser socialista e não saiu do centro. Somente por causa dela, moralmente falando, o governo Hollande continuava sendo de esquerda. Sou seu fã. Mais um, porque há muitos. Acompanhei seu ministério com curiosidade e até mesmo com encantamento. É raro fazer política como ela faz: com extrema sinceridade e simplicidade. E evidentemente com fidelidade, tal como ela coloca no tweet. Nascida na Guiana Francesa, aqui ao lado, foi eleita para a Assembleia Nacional francesa, pelo Partido Socialista em 1993 e, em seguida, deputada ao Parlamento Europeu. Sem que a pauta estivesse combinada com ninguém, iniciou uma c

Eleições para a reitoria da UFPA começam muito mal

Há alguns dias todo o corpo docente da UFPA foi surpreendido por um questionário eletrônico não identificado contendo uma pesquisa de intenção de voto para a sucessão da atual reitoria. Gostaria de manifestar minha indignação com esse questionário e com a maneira como ele foi feito: utilizando o mailing da instituição (ao qual poucas pessoas têm acesso), sem nenhuma identificação de autoria e sem indicação de metodologia. Ou seja, como um subterfúgio espúrio de algum interesse eleitoral que procura se dissimular em vez de participar, de maneira democrática e honesta, do processo sucessório. Pior: provavelmente, mais do que uma pesquisa de intenção de voto, trata-se de um mecanismo para identificar quem pretende votar em quem, pois o sistema utilizado no questionário permite a identificação de cada pessoa que o responda. Uma vantagem eleitoral obtida de maneira desleal, que leva ao constrangimento de sujeitos político legítimos e a acordos pontuais, traindo o princípio democrático do d