Janot, o Procurador Geral da República, sai desmoralizado e deixa a justiça ainda mais desmoralizada
Terminou ontem o mandato de Rodrigo Janot como Procurador Geral da República. Sai desmoralizado e deixa uma Procuradoria Geral desmoralizada e com graves problemas. Mas isso não deve espantar ninguém. Tudo, nas grandes instituições da justiça brasileira, hoje, é desmoralização. Do MPF ao STF. Janot poderia ter tido um papel de mediador da crise política que o Brasil atravessa, mas não teve maturidade e nem competência para isso. Preferiu, sempre, agir pautado pela grande encenação dos principais atores do golpe. Talvez, sonhando tornar-se um deles. Agiu sempre deslumbrado pelo poder, procurando posar de astro, com essa peculiar pretensão à importância que possuem os coadjuvantes que eventualmente são alçados aos postos de poder. Com efeito, o mandato de Janot foi do tipo “canoa”: ele foi levado pela maré, ou seja, pela mídia, pela narrativa da mídia e pelos interesses da camada golpista, dentre políticos e empresários. Janot nunca teve liderança: seguiu à reboque dos acontecimen