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Mostrando postagens de novembro, 2019

Roteiro acadêmico em Paris... seis dias, três eventos

Estarei em Paris de 26/11 a 03/12, participando de três eventos científicos: um seminário, uma palestra e um banca de doutorado. Se alguém estiver por lá e se interessar pelos temas é só chegar.

Debate sobre a história econômica da Amazônia amanhã, no Naea

2a rodada de discussões em torno do livro do querido professor Francisco de Assis Costa, A Brief Economic History of Amazon, lançado pela Universidade de Cambridge. Amanhã, às 15h, no auditório do Naea. Todxs bem-vindos.

Lula foi solto. O que fazer agora?

Ver Lula sendo liberado da sua prisão injusta e desonesta me fez perceber que, de alguma forma, todos nós também estávamos, ao menos um pouco, presos junto com ele. E que, junto com Lula, também fomos, ao menos um pouco, libertados. Por isso, senti imensa alegria em ir ontem a noite ao mercado de São Brás e estar junto, por algumas horas, com pessoas muito queridas. Pessoas que, aliás, ficaram mais queridas de repente – na partilha dessa sensação de liberdade. Colegas, amigos antigos, companheiros de política, alunos e ex-alunos e mesmo desconhecidos. Estar junto é uma condição da política, necessária nos momentos de luta e permitida e desejada nos momentos de alivívio, superação e vitória. Porém, é preciso lembrar que Lula, de fato, ainda não está Livre. Ele foi solto. Mas ainda não está realmente Livre. E todos nós, igualmente, estamos soltos, mas não, ainda, Livres. É certo que há pessoas, instituições e fatos ainda menos Livres do que nós. As pessoas presas pela ign

Sub-celebridades ex-bolsonaristas

O jornalista Moisés Mendes , de PoA, descreveu, com felicidade, a nova praga nacional: a sub-celebridade ex-bolsonarista: Lobão, Janaína Paschoal, delegado Valdir, Reinaldo Azevedo, Fagner, Alexandre Frota, Joice Hasselmann... Só espero que essa tendência alcance também os ex-bolsonaristas que não ousam dizer o nome: aqueles tios, primos e amigos de infância – para não falar os incontáveis evangélicos re-penitentes – que embarcaram na onda anti-petista e foram tomados pelas ilusões moristas-bolsonaristas.

Pacote de maldades contra o serviço público

O “Plano mais Brasil”, pacote de maldades neoliberais apresentado ontem por Bolsonaro e seu comparsa Paulo Guedes constitui uma tentativa de dinamitar o serviço público brasileiro. O pacote se divide em 3 propostas de emendas constitucionais que incluem, dentre inúmeras estratégias de desestabilização do serviço público, um plano de redução temporária de 25% da jornada de trabalho, com consequente corte no salário dos trabalhadores, O impacto de uma medida como essa pode catapultar a economia brasileira para trás, produzindo um efeito devastador sobre a renda familiar, com impacto na saúde pública e na formação/qualificação de mão de obra futura, um processo de crescente endividamento das famílias, insegurança alimentar, crise geral do comércio e, consequentemente, da produção industrial. Podendo atingir os cerca de 600 mil servidores ativos da União, com ressonância, eventualmente, sobre a massa de aposentados e sobre os servidores públicos estaduais e municipais, Note-se qu

Mensagens ao establishment

Como disse Helena Chagas , a imagem mais simbólica do dia em que o governo entregou seu novo pacote econômico ao Legislativo não foi a da entrega, ao Senado, do pacote de maldades contra o serviço público de Bolsonaro, mas a da ex-líder do Governo, Joice Hasselmann, chorando na tribuna da Câmara, chamando o presidente, seus filhos e seu “governo” de “bandidos” e “criminosos”. A performance da deputada demonstra que a base parlamentar do governo praticamente está anulada. Porém, Bolsonaro e Guedes, com imenso apoio da mídia, entregaram, mesmo assim, o seu pacote anti-servidor público. Por que o fizerem? Penso que para mandar mensagens para o establishment: mensagens de que, mesmo sem base parlamentar e com a perda de apoio social, continuam sendo a melhor opção para os interesses do grande capital. Num governo de nulidades, joga-se o ônus e o bônus do novo pacote de maldades para o Congresso. A ele de aprovar o que quiser, inclusive colhendo os louros políticos de suas ev

Como fazer política em cinco minutos

Mark Zuckerberg, o fundador do Facebook, foi ao Congresso americano no último dia 23 de outbro para apresentar seu projeto de criptomoeda, o “Libra”. Praticamente nenhum deputado foi ouvi-lo. A sala vazia... Ou quase. Lá estava a deputada democrata por Nova York, Alexandria Ocasio-Cortez – estrela política e midiática ascendente da política norte-americana (sugiro que vejam o documentário “Virando a mesa do poder”, a respeito dela e de outras campanhas de candidatas democratas nas últimas eleições norte-americanas, disponível na Netflix). Só que Ocasio-Cortez não estava lá para saber da moeda digital de Zuckerberg. Estava lá para aproveitar os 5 minutos que teria direito, como deputada, a questionar o visitante e crivá-lo de perguntas sobre seu envolvimento no caso da Cambridge Analytica. Seguiram-se 5 minutos de arguição intensa, que deixaram Zuckerberg desnorteado. 5 minutos de política intensa, febril, de alta densidade. “Para que possamos tomar decisões sobre o Libra”, co