[...] Não desistiremos de explorar E o fim de toda a nossa exploração Será chegarmos ao lugar de onde partimos E conhecer o lugar pela primeira vez. Através do portão desconhecido e lembrado Quando o último confim da terra por descobrir For o lugar que foi o começo; Na nascente do rio mais longo A voz oculta queda d'água E as crianças na macieira Desconhecidas, porque não procuradas Mas ouvidas, meio-ouvidas, na quietação Entre duas ondas do mar. Depressa agora, aqui, agora, sempre —Uma condição de completa simplicidade (Que não custa menos do que tudo) E tudo há-de ficar bem e Toda a espécie de coisa há-de ficar bem Quando as línguas de fogo refluírem Para o coroado nó de fogo E o fogo e a rosa forem um. T. S. Eliot, Little Gidding, in Quatro Quartetos, tradução de Gualter Cunha, edição da Relógio d’Água
Fábio Fonseca de Castro - Fábio Horácio-Castro - fabiofonsecadecastro.org fabiohoraciocastro.com