Sexto pecado: Ideologia do descompromisso com a cultura popular
Um mote perverso norteou a política cultural dos últimos doze anos: a idéia de que qualquer interferência na cultura popular resulta na transformação da cultura popular. Assim, a cultura popular precisa, a Secult sempre sugeriu, andar por conta própria. Essa estratégia sempre foi defendida alegando-se que não se deve proteger a cultura sob uma redoma de vidro, coisa que rapidamente a mataria. Isso é certamente verdade, mas entre proteger a cultura numa redoma e interferir nela há uma distância imensa. Se as duas extremidades são negativas – e com isso concordamos – não deixa de haver infinitas gradações entre elas. Gradações que assinalam a necessidade do Estado ter, sim, um compromisso com os produtores culturais mais básicos: com os cordões de pássaro, com o boi-bumbá, com o carnaval, com tecedoras, músicos populares, fabricantes de instrumentos musicais, artesãos e com uma infinitude de indivíduos que ficaram à margem de todas preocupação do Estado na gestão PSDB.
A postura do PSDB resulta, na verdade, num descompromisso. Fazer política cultural nessa esfera é difícil, mas necessário. Escolher o descompromisso é o caminho mais fácil, mas é o caminho mais perverso. Acrescente-se a isso o fato de que o Estado, pelo menos nominalmente, possui um equipamento cultural cuja missão é pensar na promoção social pela via da cultura popular e na interiorização: a Fundação Cultural do Pará. A Fundação foi, durante toda a gestão, um instrumento ocioso, desativado e mesmo inerte, em relação à sua verdadeira missão.
Um mote perverso norteou a política cultural dos últimos doze anos: a idéia de que qualquer interferência na cultura popular resulta na transformação da cultura popular. Assim, a cultura popular precisa, a Secult sempre sugeriu, andar por conta própria. Essa estratégia sempre foi defendida alegando-se que não se deve proteger a cultura sob uma redoma de vidro, coisa que rapidamente a mataria. Isso é certamente verdade, mas entre proteger a cultura numa redoma e interferir nela há uma distância imensa. Se as duas extremidades são negativas – e com isso concordamos – não deixa de haver infinitas gradações entre elas. Gradações que assinalam a necessidade do Estado ter, sim, um compromisso com os produtores culturais mais básicos: com os cordões de pássaro, com o boi-bumbá, com o carnaval, com tecedoras, músicos populares, fabricantes de instrumentos musicais, artesãos e com uma infinitude de indivíduos que ficaram à margem de todas preocupação do Estado na gestão PSDB.
A postura do PSDB resulta, na verdade, num descompromisso. Fazer política cultural nessa esfera é difícil, mas necessário. Escolher o descompromisso é o caminho mais fácil, mas é o caminho mais perverso. Acrescente-se a isso o fato de que o Estado, pelo menos nominalmente, possui um equipamento cultural cuja missão é pensar na promoção social pela via da cultura popular e na interiorização: a Fundação Cultural do Pará. A Fundação foi, durante toda a gestão, um instrumento ocioso, desativado e mesmo inerte, em relação à sua verdadeira missão.
Comentários
Porque todos os anos, em junho, ocorrem os arrastões do Pavulagem, na Pres. Vargas. Este ano quase não ocorreu, por falta de apoio da Prefeitura, braço remanescente da cartilha tucana. Isto para dar um só exemplo, que é um sucesso absoluto. Logo, hei de concluir pelo desprezo, mesmo.
Outro exemplo é a Seresta do Carmo, extinta pelo atual prefeito, como já comentei em meu blog.