Benedito Nunes 01/03/2021 Alberto da Veiga Guignard, Bambus, 1937. Por FÁBIO FONSECA DE CASTRO* Reflexões em torno das lições do filósofo sobre Martin Heidegger. Completaram-se, no último 27 de fevereiro, dez anos da morte do filósofo Benedito Nunes. Nascido em Belém a 21 de novembro de 1929, Benedito foi um dos fundadores da Faculdade de Filosofia do Pará, mais tarde incorporada à Universidade Federal do Pará (UFPA) e, ainda, da Academia Brasileira de Filosofia. Sua atuação intelectual se deu em diferentes campos e subcampos das ciências humanas, da estética à teoria literária, da fenomenologia à história da filosofia, da hermenêutica aos estudos da poesia. Professor emérito da UFPA, Benedito atuou em diversas universidades, no país e no exterior, e produziu uma obra – composta por 22 livros e dezenas de artigos – reconhecida e influente como atestam os vários prêmios que recebeu, dentre os quais o Prêmio Multicultural Estadão , o Prêmio Jabuti de Literatura (por duas vezes) e o
Mas o que ela fez e o que ela não fez? Bom, algumas notas a seu respeito. Promulgada a 6 de fevereiro de 1891, 15 meses após a derrubada de d. Pedro II, foi praticamente imposta pelos militares, dando ao Congresso apenas 3 meses para discutir um texto que já veio montado. 130 Anos da 1a Constituição republicana. Cabe lembrar que os militares, que deram o golpe da República, estrupiaram a Constituinte. Dificultaram a eleição dos seus adversários monarquistas, parlamentaristas e opositores do federalismo. O que ela mudou? Em síntese: 1) descentralizou o poder, dando muito mais força para as províncias (agora “estados”); 2) Extinguiu o Poder Moderador, exercido pelo imperador e sinônimo da centralização do poder e da autocracia; 3) Substituiu o sistema parlamentarista pelo presidencialismo. Obra de 2 grupos de pressão: o Apostado Positivista e a Igreja Católica. Mudanças: separação Igreja/Estado, casamento religioso perdeu validade, o Estado deixou de pagar o salário dos padres. Bem,