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Brasília tomada pelo terrorismo

A única palavra que deve ser usada, para caracterizar as pessoas que estão depredando Brasília, hoje, é terroristas. E são terroristas, igualmente, o governo do Distrito Federal, a Polícia Militar do Distrito Federal. Em que pese não se encaixarem, stricto sensu, na lei do terrorismo, são-o. 

O atentado foi patrimônio material da República mas, também, foi um atentado simbólico à democracia brasileira. E precisa ser avaliado do ponto de vista simbólico, porque a imagem que vai ser disseminada nas redes bolsonaristas têm uma função simbólica de abrir um rastro para que o terrorismo continue no Brasil. 

Por que ninguém está sendo detido? Os esforços da PM do DF são lenientes e se resumem a afastar os terroristas depois das manifestações. O governador do DF, Ibaneis Rocha (@IbaneisOficial) não foi apenas complacente com o terrorismo : também foi cúmplice. Isso se chama de prevaricação. É crime grave. A intervenção federal não deve ser feita apenas na área da segurança, mas no governo do DF. 

A apuração deve ser ágil e a punição deve ser rigorosa. Quem é o produtor de soja que bancou cada um dos ônibus que levou essa gente? Quem é o empresário de varejo que pagou a estadia? Quem é o pecuarista que pagou o churrasco desses vândalos? Fosse uma simples manifestação de esquerda, pacífica, sem vandalismo algum, haveria tropa de choque, cavalaria, helicóptero, bomba de gás lacrimogênio. As demandas de prisão em flagrante delito dos terroristas, solicitadas pela AGU ao STF, devem ser atendidas imediatamente, bem como as demandas de apreensão das dezenas de ônibus que transportaram os terroristas a Brasília. 

A prisão de Anderson Torres, secretário de segurança do DF, já também solicitada pela AGU, é necessária e urgente. Por fim, as evidências da participação do ex-presidente na organização desses atos – inclusive, até mesmo, a misteriosa presença do secretário de segurança do DF na Flórida, hoje – são grandes, e precisam ser apuradas. Provavelmente, é caso para prisão preventiva de Bolsonaro.

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