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Mostrando postagens de junho, 2022

Palacete Faciola: lembranças e (bom) contradições...

1.  Feliz com a recuperação/restauração do palacete Faciola. Parabéns ao governo do Estado por isso. Ainda não fui lá, mas vi as fotos e escutei o que os amigos disseram. Tudo muito positivo.  Dona Inah deve estar feliz, lá do outro lado.  Lembro dela, pessoa avançadíssima. De um lado protegendo o prédio, um verdadeiro museu privado, como uma guardiã incansável. De outro, fazendo da sua própria casa o que alguns veriam como o oposto ao palacete: a casa « moderna » por excelência.  Dona Inah Faciola era vizinha e amiga de minha avó. Ambas moravam na Generalíssimo, esquina com a Antônio Barreto, uma de cada lado da rua.  No começo, minha avó tinha resistência a se entrosar com a vizinha, tal como muita gente no tempo deles. É que dona Inah era « separada » e, pior, « recasada » no Uruguai. Desses escâdalos que, na verdade, não escandalizavam ninguém mas que acabavam sendo um empecilho no trânsito com pessoas, digamos, mais sensíveis.  Mas quase imediatamente essa resistência se quebrou.

Terça, dia 14/06, estarei em Paraty conversando sobre O Réptil

Próxima 3a-feira, dia 14 de junho, estarei em Paraty, RJ, discutindo "O Réptil Melancólico" com o Clube de Leitura do Sesc. Será a terceira seção de conversas sobre o livro, lá em Paraty, agora com a presença do autor. As outras duas ocorreram nos dias 31 de maio, 04 de junho passado. Muito legal essa programação - um "esquenta" para o festival Literário Arte da Palavra, que acontece em Paraty em julho - e no qual também estarei presente - e para a Flip, que este ano acontece em novembro (quando espero estar outra vez por lá). Horário: das 19 às 21h Local: Sesc Santa Rita - R. Dona Geralda, 320 Centro Histórico, Paraty - RJ

Uma crítica de "O Réptil Melancólico" publicada no 451, da Folha de São Paulo

Por entre fissuras selvagens Atravessado por alegorias amazônicas e criaturas reptilianas, romance ilumina processos históricos João Roriz 25mai2022 15h58 (01jun2022 02h43) Ilustração de Veridiana Scarpelli Fábio Horácio-Castro O réptil melancólico Record • 384 pp • R$ 54,90 Preocupado em resgatar o valor estruturante dos mitos e dos ritos, Claude Lévi-Strauss refuta a premissa que os despreza como acidentais ou casuais em relação ao conhecimento humano acumulado. Para o antropólogo francês, antes da ciência moderna e de sua métrica de validação, as práticas de observação, experimentação e reflexão informavam as comunidades. Marco nas ciências sociais, o conceito de  bricolage  para Lévi-Strauss é esse fazer científico “primeiro” (designação preferida por ele, em vez de “primitivo”). Lévi-Strauss contrasta o labor do  bricoleur  ao de um engenheiro. O engenheiro é refém de suas matérias-primas e de um ferramental preconcebido. O  bricoleur  executa tarefas c