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Mostrando postagens de abril, 2016

Convite: instalação do Fórum21 em Belém

Estamos organizando a implantação, em Belém, do Fórum 21, espaço de discussão sobre a gravidade do momento histórico brasileiro e sobre as grandes questões nacionais em geral, que agrega intelectuais e lideranças do campo da esquerda numa agenda de diálogos e de mobilizacão social. Procuramos, com esse processo, acionar energias e convicções para romper a prostração que guarda relação de causa e efeito com a crise que nos consome. Queremos avançar além da mera constatação dos impasses e somar esforços na construção de uma frente progressista que ajude a enfrentar o sistema de asfixia ideológica e financeira presente no Brasil. Pensamos que esse sistema, ideologicamente aliado a um fascismo recrudescente e aos interesses financeiros associados a políticas econômicas recessivas, sonega à sociedade o debate desassombrado, interdita projetos alternativos ao receituário conservador e desqualifica a política, portanto a democracia, como verdadeiro locus do futuro da sociedade. Em re

E se barramos o golpe? O que devemos fazer?

Em breve: 1) identificação das causas fortes que nos trouxeram a essa situação; 2) análise de conjuntura; 3) o óbvio que se tem que entender; 4) um programa de ação; 5) renovar a reflexão da esquerda para, em fim, mudar mais. 1) Como chegamos a esta situação? A eleição de um congresso conservador está na origem de todo o desgaste. O país votou ponderado em 2014: concedeu o segundo mandato a Dilma, mas elegeu esse Congresso que está aí. É preciso reconhecer esse fato e analisar friamente as circunstâncias e nossos erros. E isso também passa por reconhecer que a) o Governo é emperrado e precisa de agilidade e fluidez e b) o Governo cometeu o erro de fazer uma política neoliberal acreditando que assim apaziguaria a direita. Também é preciso reconhecer que perdemos muito tempo, sempre, reagindo aos ataques golpistas. A agenda do golpe suplantou a agenda do Governo e este passou seu tempo político apenas correndo atrás dos movimentos do adversário, sem conseguir impor sua agenda próp

Se o golpe ganha. Exercício de profecia do caos.

Se o golpe ganha, o governo Temer terá que pagar suas dívidas. Primeiramente, sua dívida com os pelo menos 340 deputados golpistas, que vão exigir, a ele, impunidade, cargos, emendas e agendas as mais conservadoras. Em seguida, sua dívida com a Rede Globo e as outras mídias golpistas: muitos milhões de reais repassados por meio de contratos de publicidades e outros contratos. Depois, sua dívida com a Fiesp e com o empresariado golpista, que patrocinou a aventura e daí em diante… bom, depois é que virá o pagamento das grandes dívidas, a entrega do pré-sal – por meio a aprovação, à toque de caixa e ainda na os albores do golpe, do Projeto de Lei (PLS 131/2015), do senador José Serra, que permite às petrolíferas estrangeiras explorar o pré-sal sem fazer parceria com a Petrobras – e de muito mais. Esse muito mais envolve desestruturar todos os programas sociais que mudaram o Brasil, levando à ascensão social de 40 milhões de brasileiros, ao acesso muito, infinitamente melhor à educaçã

Manifestação da chapa João Weyl e Armando Lírio a respeito do golpe

Tenho orgulho de fazer parte de um projeto que não se omite de expressar sua opinião com clareza num momento tão delicado da vida nacional.

UFPA: A estranha convocação do Conselho Universitário em dia de paralização

A Reitoria da UFPA marcou para hoje, dia de paralização nacional de servidores da educação superior, uma reunião do Consun – o Conselho Universitário, seu orgão decisório mais imporante – para discutir a questão fundamental do processo sucessório na Reitoria da instituição. Desde cedo os portões estavam fechados e só se podia entrar no campus a pé. Todas as aulas haviam sido suspensas. Além disso, passamos três dias sem água no campus do Guamá, com banheiros impestados e sem alimentação no restaurante universitário. Considerando a grave situação de violência experimentada (ainda maior, evidentemente, quando a universidade está vazia), expressão, dentre outros fatos, por três dias de arrastões consecutivos no terminal de ônibus do campus – ontem a noite com disparos de arma de fogo – e, ainda, numa situação caótica de higiene, desde que o contrato com a empresa privada que fazia a limpeza da instituição foi revisto, essa conjuntura portões fechados / falta de água / segurança , por s

Por que as eleições da UFPA não precisam (e não devem) ser antecipadas

Reproduzo a Carta ao Consun (Conselho Universitário da UFPA) que a Chapa João Weyl e Armando Lírio, candidatos a Reitor e a Vice-Reitor da UFPA, encaminharam hoje aos conselheiros. Trata-se de um versão reduzida da carta completa que publiquei no post anterior . Se não entendem por que as eleições não precisam ser antecipadas, leiam-na.   Carta Aberta da Chapa João e Armando ao Conselho Universitário e a toda a Comunidade Acadêmica em defesa da autonomia universitária, da legalidade e do Estatuto da UFPA O Reitor da Universidade Federal do Pará, em vias de renúncia do mandato para concorrer à Prefeitura de Belém, convocou novamente o Conselho Universitário procurando instituir uma antecipação da consulta à comunidade para a escolha dos futuros Reitor e Vice-reitor. Procura justificar essa antecipação se apoiando no decreto 1.916, de 26/05/1996, que estabelece que, na vacância do cargo, o Consun dispõe de 60 dias para elaborar e encaminhar uma lista trí

Carta Aberta ao Conselho Universitário e à comunidade acadêmica sobre a perigosa e incorreta decisão de antecipar as eleições na UFPA

Carta Aberta da Chapa João e Armando ao Conselho Universitário e a toda a Comunidade Acadêmica em defesa da autonomia universitária, da legalidade e do Estatuto da UFPA Belém, 12 de abril de 2016 Senhora(e)s Conselheira(e)s, Demais membros da Comunidade da UFPA, Preocupados com a possibilidade da antecipação da consulta à comunidade acadêmica para a escolha dos futuros Reitor e Vice-reitor da UFPA, manifestamos nossa indignação em relação à maneira como esse processo está sendo conduzido e alertamos o Conselho Universitário e a Comunidade Acadêmica da nossa Universidade para o potencial estado de insegurança jurídica que pode resultar da desconsideração do Estatuto da UFPA no processo. Além disso, acreditamos na necessidade de manter um debate mais aberto, amplo, democrático e plural a respeito do futuro da nossa universidade, importante para a comunidade e para toda a sociedade paraense. Em nossa perspectiva, não é possível escolher reitores sem debater,