Dia difícil que chega ao fim. Acordei cedo, mas mais tarde do que devia e, sem tomar café, apressei-me para a reunião na ufpa. Reunião pesada, lenta, gordurosa. Interrompida para que me chamassem ao telefone, para avisar que meu pai sentia-se mal: É sobre o estado de saúde do seu pai, dizia o recado. Marina resolveu o problema, chamou os médicos, arejou os ares, indagou da enfermeira o caso preciso. Meus irmãos estão fora de Belém esta semana e, na minha casa, meu pai prossegue mal, muito mal. Meus três gatos o observam, revesando-se na curiosidade que possuem. Terminada a reunião, discutimos meu pedido de saída para o pós-doutorado. Me irrita, profundamente, toda tentativa de manipulação de informações. Todo o ridículo dos mal-ditos de corredores. Isso estraga meu dia, acumulando o ranço angustiante da saúde do meu pai. Para completar, minha cunhada telefona e narra a história de uma moça que acabou de morrer, de câncer, aos 21 anos, deixando três filhos, de 4, 2 anos e um d