Pular para o conteúdo principal

Pacote de maldades contra o serviço público


O “Plano mais Brasil”, pacote de maldades neoliberais apresentado ontem por Bolsonaro e seu comparsa Paulo Guedes constitui uma tentativa de dinamitar o serviço público brasileiro.
O pacote se divide em 3 propostas de emendas constitucionais que incluem, dentre inúmeras estratégias de desestabilização do serviço público, um plano de redução temporária de 25% da jornada de trabalho, com consequente corte no salário dos trabalhadores,
O impacto de uma medida como essa pode catapultar a economia brasileira para trás, produzindo um efeito devastador sobre a renda familiar, com impacto na saúde pública e na formação/qualificação de mão de obra futura, um processo de crescente endividamento das famílias, insegurança alimentar, crise geral do comércio e, consequentemente, da produção industrial.
Podendo atingir os cerca de 600 mil servidores ativos da União, com ressonância, eventualmente, sobre a massa de aposentados e sobre os servidores públicos estaduais e municipais,
Note-se que a medida não alcança os setores já MUITO privilegiados: como o Judiciário, o Ministério Público, policiais, militares e diplomatas.
A proposta do governo propõe a redução de 40% para 14% do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) repassado ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Cabe lembrar que o FAT inclui valores do Pis /Pasep e canaliza cerca de 60% dos seus recursos a medidas como pagamento do seguro-desemprego e do abono salarial. Além disso, a PEC dos Fundos Públicos propõe a extinção da grande maioria dos 281 fundos existentes no país. Essas medidas terão efeito de lançar o serviço público numa condição de precarização com efeitos devastadores sobre a economia e a sociedade brasileira.
O que o governo coloca em causa não são apenas as condições de trabalho e de vida do funcionalismo público, mas o próprio Estado brasileiro.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Eleições para a reitoria da UFPA continuam muito mal

O Conselho Universitário (Consun) da UFPA foi repentinamente convocado, ontem, para uma reunião extraordinária que tem por objetivo discutir o processo eleitoral da sucessão do Prof. Carlos Maneschy na Reitoria. Todos sabemos que a razão disso é a renúncia do Reitor para disputar um cargo público – motivo legítimo, sem dúvida alguma, mas que lança a UFPA num momento de turbulência em ano que já está exaustivo em função dos semestres acumulados pela greve. Acho muito interessante quando a universidade fornece quadros para a política. Há experiências boas e más nesse sentido, mas de qualquer forma isso é muito importante e saudável. Penso, igualmente, que o Prof. Maneschy tem condições muito boas para realizar uma disputa de alto nível e, sendo eleito, ser um excelente prefeito ou parlamentar – não estou ainda bem informado a respeito de qual cargo pretende disputar. Não obstante, em minha compreensão, não é correto submeter a agenda da UFPA à agenda de um projeto específico. A de

Leilão de Belo Monte adiado

No Valor Econômico de hoje, Márcio Zimmermann, secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, informa que o leilão das obras de Belo Monte, inicialmente previsto para 21 de dezembro, será adiado para o começo de 2010. A razão seria a demora na licença prévia, conferida pelo Ibama. Belo monte vai gerar 11,2 mil megawatts (MW) e começa a funcionar, parcialmente, em 2014.

Ariano Suassuna e os computadores

“ Dizem que eu não gosto de computadores. Eu digo que eles é que não gostam de mim. Querem ver? Fui escrever meu nome completo: Ariano Vilar Suassuna. O computador tem uma espécie de sistema que rejeita as palavras quando acha que elas estão erradas e sugere o que, no entender dele, computador, seria o certo   Pois bem, quando escrevi Ariano, ele aceitou normalmente. Quando eu escrevi Vilar, ele rejeitou e sugeriu que fosse substituída por Vilão. E quando eu escrevi Suassuna, não sei se pela quantidade de “s”, o computador rejeitou e substituiu por “Assassino”. Então, vejam, não sou eu que não gosto de computadores, eles é que não gostam de mim. ”