Irina Bokova, 57 anos, que venceu ontem as eleições para dirigir a Unesco, é um quadro público popular e festejado do Partido Socialista da Bulgária (ex-comunista). Estudou em Moscou, fez especialização na Universidade de Harvard, nos EUA, e foi ministra das Relações Exteriores entre 1996 e 1997. Foi também um dos artífices para a aceitação Bulgária na União Européia e na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e era a representante de seu país junto à Unesco. Suceder ao japonês Koichiro Matsuura na Unesco não é um problema difícil. A Unesco é de uma solidez impressionante e de uma coerência a toda prova. Complexo seria o antissemitismo do outro candidato, o egípicio Farouk Hosni, apoiado pelo Brasil – que perdeu a belíssima chance de fazer de um brasileiro o novo dirigente da instituição.
O Conselho Universitário (Consun) da UFPA foi repentinamente convocado, ontem, para uma reunião extraordinária que tem por objetivo discutir o processo eleitoral da sucessão do Prof. Carlos Maneschy na Reitoria. Todos sabemos que a razão disso é a renúncia do Reitor para disputar um cargo público – motivo legítimo, sem dúvida alguma, mas que lança a UFPA num momento de turbulência em ano que já está exaustivo em função dos semestres acumulados pela greve. Acho muito interessante quando a universidade fornece quadros para a política. Há experiências boas e más nesse sentido, mas de qualquer forma isso é muito importante e saudável. Penso, igualmente, que o Prof. Maneschy tem condições muito boas para realizar uma disputa de alto nível e, sendo eleito, ser um excelente prefeito ou parlamentar – não estou ainda bem informado a respeito de qual cargo pretende disputar. Não obstante, em minha compreensão, não é correto submeter a agenda da UFPA à agenda de um projeto específico. A de...
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