Dia 21 de janeiro faleceu Jacques Martin, desenhista, roteirista e escritor de quadrinhos, aos 88 anos, de um edema pulmonar.
Jacques Martin, já órfão de pai, foi abandonado num orfanato por sua mãe. Como vários dos grandes autores de quadrinhos, fez seus estudos na École Catholique d'Arts et Métiers d’Erquelinnes, na Bélgica. Em seguida, estudou engenharia na École Catholique d'Arts et Métiers. Logo após a Segunda Guerra, em 1946, começou a publicar seus primeiros desenhos. Em 1948 iniciou sua participação no Journal de Tintin, colaborando com Hergé (o criador de Tintin), então diretor artístico da publicação, e com Edgar P. Jacobs. Nesse mesmo ano criou Alix.
Nos anos 1980, junto com outros desenhadores, trabalhou nas histórias de Jhen, passadas na Idade Média. Outros personagens surgiram, sempre no campo da história: Arno, na época napoleônica; Kéos no Egito antigo; Orion, na Grécia e Loïs, no século XVII.
Acabei de comprar um quadrinho com um episódio de Loïs. Há poucos dias apenas.
Os temas de Jacques Martin são claros: os jogos de dissimulação na história; a violência, sempre gerada pela vontade de poder; a coragem face à injustiça e o humanismo profundo de seus heróis.
A dinâmica de suas história também é muito clara: o sopro épico.
Sua dimensão gráfica, uma marca: o cenário grande como um marco contextualizador, com grande ênfase no espaço arquitetônico, daí sempre passando para o plano fechado, no qual predomi9na o personagem.
Produziu 120 álbuns de aventuras, de diferentes heróis, publicados em 15 idiomas.
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