Uma pequena matéria jornalística publica na Folha de S. paulo, há alguns dias, noticiava a passagem, pelo Brasil, de Ariana Huffington, a criadora e editora do genial Huffington Post, um site sobre política mais influente que a grande maioria dos jornais norte-americanos.
Numa palestra, ela afirmou não acreditar em uma separação estanque entre a mídia tradicional e as mídias sociais.
É preciso ouvir Ariana Huffington.
Ela está coberta de razão. Diz que o jornalismo será cada vez mais híbrido, mesmo porque "há algo que falta na mídia tradicional que nós podemos capturar nas mídias sociais: a capacidade de contar histórias. Estamos preocupados demais com dados. É muito mais difícil capturar leitores com dados do que com histórias."
O Huffington Post é, na verdade, um grande exemplo de como aproveitar melhor as mídias sociais. "Nós não damos apenas informação ao leitor. Damos uma plataforma onde ele pode compartilhar seus pontos de vista e seus hobbies."
Arianna também disse que as mídias sociais revolucionaram também a maneira como as empresas se relacionam com os consumidores. "Não pense no Twitter como um mapa da vida das pessoas, mas sim como um mapa da mente delas."
Em sua apresentação, fez uma segunda crítica ao jornalismo: disse que é preciso acompanhar mais uma mesma história. "Não é apenas publicar uma reportagem. É preciso continuar cobrindo."
Em fevereiro deste ano, o Huffington Post foi comprado pela AOL por US$ 315 milhões (R$ 505 milhões). Como parte do acordo, Arianna assumiu o comando editorial do grupo.
O site tem acesso gratuito e seu conteúdo origina-se, em grande parte, de blogueiros que contribuem de maneira voluntária.
"Eu acredito que o público quer informação gratuita, a menos que seja informação financeira", afirmou Arianna. Ela ponderou, porém: "Há diferentes maneiras de obter dinheiro na internet, e nos tablets o modelo é diferente."
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