Sarkozy está em campanha pelos 6,4 milhões de votos obtidos pela extrema direita na França no primeiro turno das eleições.
Seu discurso está se dirigindo abertamente aos eleitores de Marine Le Pen, a candidata do Front National, que recebeu 17,9% dos sufrágios.
Hoje, 29 de abril, num comício em Toulouse, sudoesta do país, pediu a seus concidadãos "terem orgulho de serem franceses" e afirmou: "Não quero deixar a França se diluir na mundialização. Esta é a mensagem do 1o turno!".
Seu discurso está batendo forte na imigração e em pilares da União Europeia, como a livre circulação.
O problema, para ele, é que esse discurso afasta os eleitores de centro. Um sintoma disso é o fato de o ex-candidato do Movimento Democrático (MoDem), François Bayrou, centrista, que obteve 3,2 milhões de votos, fez uma declaração reprovando a guinada à direita de Sarkozy.
As declarações de Sarkozy também foram criticadas pela imprensa progressista na França. Insatisfeito com a guinada à extrema direita, o jornal Le Monde publicou editorial intitulado “Sarkozy e a FN: o fim não justifica todos os meios”, no qual condenou a estratégia do presidente, classificando-a de “erro moral e político” e de demonstração de impotência.
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