Há duas grandes obras antigas que discorrem sobre a ?tica, a "Optica" de Euclides (s?c. II a.c.) e a "Optica" de Ptolomeu (s?c. II d.c.).
Nenhum desses dois autores coloca a ótica como uma ação passiva, ou seja, como recepção. Ambos falam no olhar como algo ativo : a luz é apenas um estímulo. O que se vê é uma produção espectral que organiza o visível. Durante dois mil anos, de Platão até o século XVII, se vai pensar que a visão é um raio visual emitido pelo olho. Não se concebia que o raio luminoso fosse emitido pelo próprio objeto, ou seja, que tivesse uma existência física exterior ao olhar.
Há, nesse pensamento, uma circularidade inerente. E a circularidade entre o visto e o visível, num sistema de causalidade analógica. Ou seja, numa situação de reversibilidade. São Paulo, a propósito, nos diz que o que est? vivo ? se define por sua visibilidade ? (hé zoè inèto ehôs). Segundo Panofsky, na antiguidade, ? la totalité du monde demeure une réalité essentiellement discontinue ?.
Nenhum desses dois autores coloca a ótica como uma ação passiva, ou seja, como recepção. Ambos falam no olhar como algo ativo : a luz é apenas um estímulo. O que se vê é uma produção espectral que organiza o visível. Durante dois mil anos, de Platão até o século XVII, se vai pensar que a visão é um raio visual emitido pelo olho. Não se concebia que o raio luminoso fosse emitido pelo próprio objeto, ou seja, que tivesse uma existência física exterior ao olhar.
Há, nesse pensamento, uma circularidade inerente. E a circularidade entre o visto e o visível, num sistema de causalidade analógica. Ou seja, numa situação de reversibilidade. São Paulo, a propósito, nos diz que o que est? vivo ? se define por sua visibilidade ? (hé zoè inèto ehôs). Segundo Panofsky, na antiguidade, ? la totalité du monde demeure une réalité essentiellement discontinue ?.
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