A aula será dedicada à leitura de alguns trechos – e à reflexão sobre eles – do primeiro texto indicado em nossa bibliografia obrigatória, o segundo capítulo de “Tudo que é sólido desmancha no ar”, de Marshall Berman. Nesse texto, Berman discute a possibilidade de uma leitura não ortodoxa do “Manifesto do Partido Comunista”, de Marx. No bojo dessa proposição está a possibilidade de vislumbrar um Marx “modernista”, por oposição ao Marx eminentemente economista, que opera uma denúncia fria dos fenômenos da modernidade. A reflexão de Berman parte da frase de Marx, encontrada no Manifesto, que descreve a modernidade como, justamente, um momento no qual “tudo que é sólido desmancha no ar”. Partiremos dessa proposição para estabelecer vínculos com os temas desenvolvidos nas aulas anteriores, notadamente a sensação de desumanização que decorre da experiência social de individuação.
O Conselho Universitário (Consun) da UFPA foi repentinamente convocado, ontem, para uma reunião extraordinária que tem por objetivo discutir o processo eleitoral da sucessão do Prof. Carlos Maneschy na Reitoria. Todos sabemos que a razão disso é a renúncia do Reitor para disputar um cargo público – motivo legítimo, sem dúvida alguma, mas que lança a UFPA num momento de turbulência em ano que já está exaustivo em função dos semestres acumulados pela greve. Acho muito interessante quando a universidade fornece quadros para a política. Há experiências boas e más nesse sentido, mas de qualquer forma isso é muito importante e saudável. Penso, igualmente, que o Prof. Maneschy tem condições muito boas para realizar uma disputa de alto nível e, sendo eleito, ser um excelente prefeito ou parlamentar – não estou ainda bem informado a respeito de qual cargo pretende disputar. Não obstante, em minha compreensão, não é correto submeter a agenda da UFPA à agenda de um projeto específico. A de...
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