Quarto pecado: Ruptura do diálogo com setores importantes da intelectualidade urbana
O único modo de fazer uma política cultural democrática é viabilizando a constância do diálogo com os artistas e intelectuais locais. Isso não quer dizer – e aí reside uma das faltas mais graves do PSDB – que a política cultural seria feita para eles, para esses agentes, mas sim com eles, necessariamente e permanentemente, porque a sua experiência constitui a melhor matéria reflexiva que se pode ter para elaborar políticas no campo da cultura.
O fato é que o PSDB sempre pressupôs que os artistas e intelectuais são movidos por interesses pessoais, e pretendem, exclusivamente, encontrar formas de se beneficiar das benesses do Estado. Ora, pensar dessa maneira é pressupor que o artista é um agente social norteado pelo interesse econômico, coisa que não é, absolutamente, verdade. Essa atitude é imensamente ofensiva e desrespeitosa e, no seu bojo, procura reduzir o papel social do artista ao de mero instrumento econômico.
O mote da política cultural do PSDB, nacional como local, sempre foi “Cultura é um bom negócio”. Nem sempre isso é verdade, graças a Deus. A história está cheia de exemplos que provam que a genialidade e o belo não derivam do fato de que possam ser vendidos. Aliás, a história também está cheia de exemplos de artistas brilhantes que, simplesmente, não sabem fazer dinheiro. Reduzir o artista à humilhante condição de produtor cultural equivale a reduzir o espectador ao papel simplista de consumidor cultural.
O único modo de fazer uma política cultural democrática é viabilizando a constância do diálogo com os artistas e intelectuais locais. Isso não quer dizer – e aí reside uma das faltas mais graves do PSDB – que a política cultural seria feita para eles, para esses agentes, mas sim com eles, necessariamente e permanentemente, porque a sua experiência constitui a melhor matéria reflexiva que se pode ter para elaborar políticas no campo da cultura.
O fato é que o PSDB sempre pressupôs que os artistas e intelectuais são movidos por interesses pessoais, e pretendem, exclusivamente, encontrar formas de se beneficiar das benesses do Estado. Ora, pensar dessa maneira é pressupor que o artista é um agente social norteado pelo interesse econômico, coisa que não é, absolutamente, verdade. Essa atitude é imensamente ofensiva e desrespeitosa e, no seu bojo, procura reduzir o papel social do artista ao de mero instrumento econômico.
O mote da política cultural do PSDB, nacional como local, sempre foi “Cultura é um bom negócio”. Nem sempre isso é verdade, graças a Deus. A história está cheia de exemplos que provam que a genialidade e o belo não derivam do fato de que possam ser vendidos. Aliás, a história também está cheia de exemplos de artistas brilhantes que, simplesmente, não sabem fazer dinheiro. Reduzir o artista à humilhante condição de produtor cultural equivale a reduzir o espectador ao papel simplista de consumidor cultural.
Comentários
acho que essa é a mais perversa forma de aculturação a que estamos sistematicamente expostos hoje.