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Estudo sobre o desejo

Em meio à correria atual, ainda tenho que honrar alguns compromissos anteriores com artigos, debates e coisas semelhantes. Um deles, por incrível que pareça - e se digo incrível é porque está alhures dos cursos que estou dando (talvez nem tanto) ou de minha colaboração com a gestão pública (sobre o quê, como pactuei aqui, não vou falar neste blog) - trata do tema do desejo. Preciso escrever um trabalho sobre "o desejo e a cultura contemporânea na ótica dos estudos sobre a pós-modernidade"... E encontrar, ainda, uma especificidade segundo a qual qbordar esse tema, ou melhor, exemplos, etc. Quem sabe ajudam-me. Segue uma nota:

O desejo, sempre inconcebivel e impertinente. Incômodo, atroz, solitário. No final de Der Himmel über Berlin, o filme de Wim Wenders, de 1988, Marion, a trapezista, diz que finalmente está se se sentindo “solitária”. E que, finalmente está “inteira”, “completa”. A idéia é instigante: na solidão está a integridade, a completude. Uma condição de sobrevência para o amor, assim, estaria nessa noção de solidão (no vocabulário de Wenders, Einsamkeit) – conceito importante na cultura alemã.

Comentários

Anônimo disse…
Estando no vigésimo dias de revigorantes férias conjugais, entendo perfeitamente essa nota.
Anônimo disse…
Em Fragmentos de um discurso amoroso, 29(Francisco Alves Ed.), de Roland Barthes, o autor cita o desejo, de Marcel Détienne, 168, les Jardins d’Adonis(Gallimard):

“(Como, o desejo não é sempre o mesmo, esteja o objeto presente ou ausente? O objeto não está sempre presente? – A melancolia não é a mesma: há duas palavras: Pothos, para o desejo do ser ausente, e Himéros, mais ardente, para o desejo do ser presente).

E os gregos sempre nós....

Abs, Cris Moreno.

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