O que disto resulta? A sugestão de que a literatura pós-colonial possui mecanismos de autocolonização perpétua. Colonizados que julgam que a identidade dos colonizadores é um ponto pacífico são colonizados-re-colonizados e auto-colonizados. Isto é um ponto a discutir. Como se sabe, a noção de hibridez é um instrumento precisos de toda literatura e de toda “crítica” pós-colonial e pós-moderna. Porém, podemos perguntar, que hibridez é essa?
Efetivamente gostaria de transpor essa problemática para duas situações contíguas: a extrema passividade do audiovisual contemporâneo no que tange à sua autocolonização própria e perpétua, à sua falta de provocação, à sua lentidão, por um lado e, por outro lado, a extrema passividade da autocrítica identitária que os intelectuais de Belém fazem de sua condição cultural, situação essa que, no meu entender, acaba sendo o aposto de uma autocolonização e de uma re-colonização passiva e perpétua.
Ora, nos dois casos vamos conviver com idéias sobre hibridez e sobre gênero que, podendo ser instrumentos de inteligência, acabaram sendo pontos pacíficos, unidades discursivas vazias, deprovidas de autocrítica, palavras bonitas para serem usadas em discursos de autopromoção daquilo que julgam ou pretendem questionar. Dizer-se híbrido na sua identidade ou dizer-se híbrido como gênero, seja ele audiovisual ou literário, acabou virando uma forma de desproblematizar o mundo, de pacificar as relações de poder que ocupam as colônias.
Uma vez colonizados, sempre colonizados. Mas, devemos realmente pensar assim?
Uma proposta para reflexão: a crítica já não é suficiente, idéias como mestiçagem, sociedade híbrida, etc, já foram corrompidas e precisam ser retrabalhadas, porque viraram instrumentos de controle, pacíficas e passivas demais.
Efetivamente gostaria de transpor essa problemática para duas situações contíguas: a extrema passividade do audiovisual contemporâneo no que tange à sua autocolonização própria e perpétua, à sua falta de provocação, à sua lentidão, por um lado e, por outro lado, a extrema passividade da autocrítica identitária que os intelectuais de Belém fazem de sua condição cultural, situação essa que, no meu entender, acaba sendo o aposto de uma autocolonização e de uma re-colonização passiva e perpétua.
Ora, nos dois casos vamos conviver com idéias sobre hibridez e sobre gênero que, podendo ser instrumentos de inteligência, acabaram sendo pontos pacíficos, unidades discursivas vazias, deprovidas de autocrítica, palavras bonitas para serem usadas em discursos de autopromoção daquilo que julgam ou pretendem questionar. Dizer-se híbrido na sua identidade ou dizer-se híbrido como gênero, seja ele audiovisual ou literário, acabou virando uma forma de desproblematizar o mundo, de pacificar as relações de poder que ocupam as colônias.
Uma vez colonizados, sempre colonizados. Mas, devemos realmente pensar assim?
Uma proposta para reflexão: a crítica já não é suficiente, idéias como mestiçagem, sociedade híbrida, etc, já foram corrompidas e precisam ser retrabalhadas, porque viraram instrumentos de controle, pacíficas e passivas demais.
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