Essa conjunção de elementos, na verdade, vem ocorrendo desde que deixei a Secom. Estou absorto entre livros e filmes, mas a fundo, mais a fundo, processando a experiência de dois anos no olho do furacão político. Tomado por uma profunda vontade de descansar, surgem, no entanto, os fantasmas dessa experiência. Um pouco do que venho escrevendo neste blog resulta disso, da ambigüidade entre ter tempo para gastar e, ao mesmo tempo, ir lendo à esmo, organizando livros, meu espaço de leitura, os arquivos do computador, ir escrevendo sobre coisas diversas e ir pensando no futuro. Percebo que a diferença entre esta etapa do blog e o que aqui botava há dois anos atrás consiste no advento de uma cristalização maior de meus interesses e, sobretudo, de minha disposição para dialogar e discutir temas que, embora estivessem no horizonte do meu trabalho, sempre ficaram a segundo plano.
O Conselho Universitário (Consun) da UFPA foi repentinamente convocado, ontem, para uma reunião extraordinária que tem por objetivo discutir o processo eleitoral da sucessão do Prof. Carlos Maneschy na Reitoria. Todos sabemos que a razão disso é a renúncia do Reitor para disputar um cargo público – motivo legítimo, sem dúvida alguma, mas que lança a UFPA num momento de turbulência em ano que já está exaustivo em função dos semestres acumulados pela greve. Acho muito interessante quando a universidade fornece quadros para a política. Há experiências boas e más nesse sentido, mas de qualquer forma isso é muito importante e saudável. Penso, igualmente, que o Prof. Maneschy tem condições muito boas para realizar uma disputa de alto nível e, sendo eleito, ser um excelente prefeito ou parlamentar – não estou ainda bem informado a respeito de qual cargo pretende disputar. Não obstante, em minha compreensão, não é correto submeter a agenda da UFPA à agenda de um projeto específico. A de...
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