81 pessoas cometeram suicídio, em 2007, no Japão, por excesso de trabalho. Outras 952 pessoas formalizaram uma demanda, ao Ministério do Trabalho e da Proteção Social, para que fossem reconhecidas como “deprimidas por excesso de trabalho”. Isso representa um crescimento de 16,2% em relação a 2006. 268 obtiveram o solicitado. Dentre estas, 20 delas faziam até 119 horas suplementares por mês. 142 pessoas falecidas, ademais, foram reconhecidas oficialmente como “mortas por excesso de trabalho”.
A Constituição japonesa de 1945 garantia direitos trabalhistas importantes. Porém, os anos 1980, na esteira neoliberal, foram brutais para as condições de vida dos trabalhores e para a segurança social. Neoliberalismo, seguido por estagnação e por recessão levaram à votação, em 1999, de um pacote de leis favorecendo a liberalização do sistema de contratações. O patronato adorou o pacote, poise le reduzia do custom salarial em 22%. Ademais, permitia a contratação temporária. Como o que é bom para o patrão provavelmente não o será para os empregados... Em dez anos, um terço dos trabalhadores do país foram convertidos em “temporários”, com direitos sociais limitados. Os trabalhadores japoneses se tornaram, simplesmente, força de trabalho.
Sim, e também, obviamente, mercadoria.
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