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Lições de política: Koizumi 2

Junichiro Koizumi diplomou-se pela prestigiosa Universidade Keio e estava fazendo o doutorado na London School of Economics quando seu pai, deputado no parlamento nacional japonês, a Dieta, morreu, em 1969. Concorreu nesse mesmo ano ao assento do pai, mas não teve êxito. Em 1972 conseguiu ser eleito e permaneceu no parlamento desde então. Foi ministro da justiça em 1988 e no período 1996-97.

Quando assumiu, definiu o Japão como um país "viciado em dívidas". Orçamentos fora de controle levavam a um déficit público equivalente a 10% do PNB. O governo tomava dinheiro empresato na velocidade permanence de US$ 40 milhões por hora. E isso para quê? Para custear o ciclo de investimentos que referimos acima: proteção de empresas incompetentes, num meterno ciclo de proteção dos investimentos de classe.

O que fez: formou um gabinete técnico, evitando as pressões políticas; diminui radicalmente o custeio do governo; diminuiu o poder da burocracia oficial, viciada nas velhas práticas de classe; cancelou o apoio a instituições financeiras incompetentes; deixou que fossem à falência empresas incompetentes; iniciou a privatização do sistema de poupança fiscal; encorajou as indenizações por exonerações (o equivalente a um ano de salário) num país avesso a demissões; obrigou os bancos a cancelarem seus maus empréstimos (feitos com a garantia dos caciques do PLD e dos burocratas) e cancelou o tradicional apoio (na verdade protecionismo) à grandes da construção civil.

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