Pular para o conteúdo principal

Um banco chileno


O BancoEstado é o único banco público do Chile. Foi fundado em 1953 com a função de promover a inclusão social. Na ditadura Pinochet teve uma ação espúria mas, desde a redemocratizão, nos anos 1990, recuperou essa missão e funciona de maneira inovadora. Sua estratégia é clara: fornecer à população mais carente e às micro e pequenas empresas todo o cardápio possível de serviços bancários. O carro-chefe de seus produtos, obviamente, é a poupança. O banco possui 7 milhões de contas-poupança, o que equivale a 80% dos poupadores do país. Em 2008 obteve superávit de US$ 200 milhões. Outro produto de sucesso é a Cuenta RUT, uma moedeira eletrônica voltada para pessoas de baixa renda e disponível para mulheres a partir dos 12 anos de idade (e para os homens a partir dos 14 anos) que funciona com a carteira de identidade. Extremamente simples. 1,5 milhão de chilenos usam o serviço. O BancoEstado é especialista em micro-crédito. Entre janeiro e março de 2009 emprestou US$ 7,34 bilhões, uma parte significativa desse dinheiro para pequenos investidores. Duas políticas importantes do banco: 1) altíssimo investimento mem tencologia da informação e da comunicação, 2) investimento na expansão e simplificação da rede (por exemplo, com o CajaVecina, micro-agência instalada em todo armazem de bairro). Na foto o cartão da Cuenta RUT, com o simpático patinho garoto propagada do banco.

Comentários

Anonymous disse…
Que tal sugerir isso pra governadora, a respeito do Banpará. Outro dia o banco estava oferecendo adiantamento da devolução do imposto de renda, mas vc tinha que levar um diskete, é isso mesmo aquele grande e quadrado, já nem me lembro mais como se chamava o formato, com seus dados . Assim fica dificil. E é melhor sugerir logo, antes que o PMDB pense (sic!) em uma inovação pra ele.

Postagens mais visitadas deste blog

Eleições para a reitoria da UFPA continuam muito mal

O Conselho Universitário (Consun) da UFPA foi repentinamente convocado, ontem, para uma reunião extraordinária que tem por objetivo discutir o processo eleitoral da sucessão do Prof. Carlos Maneschy na Reitoria. Todos sabemos que a razão disso é a renúncia do Reitor para disputar um cargo público – motivo legítimo, sem dúvida alguma, mas que lança a UFPA num momento de turbulência em ano que já está exaustivo em função dos semestres acumulados pela greve. Acho muito interessante quando a universidade fornece quadros para a política. Há experiências boas e más nesse sentido, mas de qualquer forma isso é muito importante e saudável. Penso, igualmente, que o Prof. Maneschy tem condições muito boas para realizar uma disputa de alto nível e, sendo eleito, ser um excelente prefeito ou parlamentar – não estou ainda bem informado a respeito de qual cargo pretende disputar. Não obstante, em minha compreensão, não é correto submeter a agenda da UFPA à agenda de um projeto específico. A de...

Solicitei meu descredenciamento do Ppgcom

Tomei ontem, junto com a professora Alda Costa, uma decisão difícil, mas necessária: solicitar nosso descredenciamento do Programa de pós-graduação em comunicação da UFPA. Há coisas que não são negociáveis, em nome do bom senso, do respeito e da ética. Para usar a expressão de Kant, tenho meus "imperativos categóricos". Não negocio com o absurdo. Reproduzo abaixo, para quem quiser ler o documento em que exponho minhas razões: Utilizamo-nos deste para informar, ao colegiado do Ppgcom, que declinamos da nossa eleição para coordená-lo. Ato contínuo, solicitamos nosso imediato descredenciamento do programa.     Se aceitamos ocupar a coordenação do programa foi para criar uma alternativa ao autoritarismo do projeto que lá está. Oferecemos nosso nome para coordená-lo com o objetivo de reverter a situação de hostilidade em relação à Faculdade de Comunicação e para estabelecer patamares de cooperação, por meio de trabalhos integrados, em grupos e projetos de pesquisa, capazes de...

Comentário sobre o Ministério das Relações Exteriores do governo Lula

Já se sabe que o retorno de Lula à chefia do Estado brasileiro constitui um evento maior do cenário global. E não apenas porque significa a implosão da política externa criminosa, perigosa e constrangedora de Bolsonaro. Também porque significa o retorno de um player maior no mundo multilateral. O papel de Lula e de sua diplomacia são reconhecidos globalmente e, como se sabe, eles projetam o Brasil como um país central na geopolítica mundial, notadamente em torno da construção de um Estado-agente de negociação, capaz de mediar conflitos potenciais e de construir cenas de pragmatismo que interrompem escaladas geopolíticas perigosas.  Esse papel é bem reconhecido internacionalmente e é por isso que foi muito significativa a presença, na posse de Lula, de um número de representantes oficiais estrangeiros quatro vezes superior àquele havido na posse de seu antecessor.  Lembremos, por exemplo, da capa e da reportagem de 14 páginas publicados pela revista britânica The Economist , em...