Dentro de mais alguns dias se vai conhecer o projeto de ZEE (zoneameto econômico e ecológico) para a cultura da cana de açúcar, no Brasil. A expectativa é muito grande, porque a queda de braços entre ruralistas e o bom senso está a mil. O motivo é apaixonante: abrir ou não os biomas amazônico e do cerrado para o cultivo da cana e, assim, para a produção de etanol? Ruralistas, sob a liderança do governador de Mato Grosso, Blairo Maggi e da pretensiosa senadora Kátia Abreu (DEM-TO) pretendem disponibilizar o máximo possível de terras desses biomas à cultura da cana. O bom senso, por sua vez, repudia o plantio da cana na Amazônia Legal e no Pantanal e reduz a área explorável no cerrado.
Outro fato que pesa na queda de braços é a negociação do Brasil com os Estados Unidos a respeito de um acordo redução das sobretarifas impostas ao álcool brasileiro. Ao que tudo indica, essa negociação tende a ser muito exitosa para o Brasil. Se a taxação extra ao álcool brasileiro for retirada vai explodir a demanda para o produto. Porém, Como tudo em economia, os efeitos da venda crescentemente linear têm um impacto exponencialmente social. Ou seja, o benefício imediato não compensa o custo econômico. E qual o custo econômico previsível? Um custo ambiental, pois para plantar cana (e vender mais) se terá que expandir a fronteira agrícola em dois movimentos: um na direção de áreas ainda não utilizadas, assim destruindo biomas como o cerrado e a mata de terra firme da Amazônia e, outro movimento, sobre outras culturas agroflorestais.
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