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Ainda não acabou

Inacreditável. Um dia depois de ver o Suplicy levantando aquele cartão vermelho, me deparo com uma notícia, no portal da Reuters, que mostra Antonio Palocci, candidato do PT ao governo de São Paulo, defendendo a diminuição do estado. É constrangimento atrás de constrangimento. A temporada aberta pelo Mercadante não está acabando. O cartão vermelho do Suplicy foi uma “situação goiaba”, a coisa mais extemporânea, mais deslocada, que já vi. Senti vergonha “alheia” – aquela que a gente sente quando outra pessoa faz uma goiabice dessas – mas pensei comigo “vai passar, vamos todos dormir e amanhã terá passado”. Mas... agora isto? Não há problema em falar sobre “diminuição do Estado”, a princípio, porque o Estado tem que ser operante e funcional, e qualquer sandeu planeja com base no orçamento (quer dizer, quase qualquer sandeu). Porém, é preciso, sempre, esclarecer muito bem sobre o que se está falando. “Diminuir o estado” é uma expressão que pertence ao campo semântico do chamado “tucanês”. Significa duas possibilidades: diminuir por dimunir ou diminuir para lucrar.

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