Outra notícia interessante de ontem foi que Sarkozy, o presidente da França, deu posse a uma comissão cujo objetivo é identificar as áreas prioritárias que serão financiadas por um empréstimo contraído pelo país. A comissão é presidida conjuntamente por dois ex-ministros, Michel Rocard e Alan Juppé. Nunca vi governos fazerem isso. Dar a uma comissão, de mão beijada, a escolha sobre investimentos. Por que Sarkozy o fez? Pela crise, certamente. Misteriosa crise, que inspira prudência aos cautos. Porém, ainda assim, é estranho. O governo de Sarkozy tem sido lamentável do ponto de vista social: menos escola, saúde e segurança. Porém, tem feito três apostas corajosas: economia do conhecimento, competitividade das empresas e tecnologia de inovação em três setores: nanotecnologias, biotecnologias e novas energias.
Tomei ontem, junto com a professora Alda Costa, uma decisão difícil, mas necessária: solicitar nosso descredenciamento do Programa de pós-graduação em comunicação da UFPA. Há coisas que não são negociáveis, em nome do bom senso, do respeito e da ética. Para usar a expressão de Kant, tenho meus "imperativos categóricos". Não negocio com o absurdo. Reproduzo abaixo, para quem quiser ler o documento em que exponho minhas razões: Utilizamo-nos deste para informar, ao colegiado do Ppgcom, que declinamos da nossa eleição para coordená-lo. Ato contínuo, solicitamos nosso imediato descredenciamento do programa. Se aceitamos ocupar a coordenação do programa foi para criar uma alternativa ao autoritarismo do projeto que lá está. Oferecemos nosso nome para coordená-lo com o objetivo de reverter a situação de hostilidade em relação à Faculdade de Comunicação e para estabelecer patamares de cooperação, por meio de trabalhos integrados, em grupos e projetos de pesquisa, capazes de...
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