O trabalho de Homi Bhabha é influenciado pela psicanálise e pelos estudos literários, dentro da perspectiva dos cultural studies. Bhabha sugere que o outro não é um ser externo ao eu, mas uma projeção do incognoscível e do irrealizável, que permanentemente corroem a unidade e a plenitude de toda identidade, de todo próprio, de toda ética, de todo eu. Fora da escala do ser individual, passando à escala do ser social, esse processo representa a relação conflituosa entre projetos de coesão (por exemplo, a coesão nacional) e os retalhos de uma realidade marcada pela diáspora e pela diversidade. Amazônidas que somos, colonizados que somos, precisamos fazer nossa "autoetnografia". Recuperar os sons e a fúria da nossa diáspora identitária. Precisamos externalizar a visão que temos de nosso colonizador.
O Conselho Universitário (Consun) da UFPA foi repentinamente convocado, ontem, para uma reunião extraordinária que tem por objetivo discutir o processo eleitoral da sucessão do Prof. Carlos Maneschy na Reitoria. Todos sabemos que a razão disso é a renúncia do Reitor para disputar um cargo público – motivo legítimo, sem dúvida alguma, mas que lança a UFPA num momento de turbulência em ano que já está exaustivo em função dos semestres acumulados pela greve. Acho muito interessante quando a universidade fornece quadros para a política. Há experiências boas e más nesse sentido, mas de qualquer forma isso é muito importante e saudável. Penso, igualmente, que o Prof. Maneschy tem condições muito boas para realizar uma disputa de alto nível e, sendo eleito, ser um excelente prefeito ou parlamentar – não estou ainda bem informado a respeito de qual cargo pretende disputar. Não obstante, em minha compreensão, não é correto submeter a agenda da UFPA à agenda de um projeto específico. A de...
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