E já que falamos sobre a Palestina, falemos também sobre Mahmud Darwich. Poeta, prosador, ensaísta, jornalista, voz aberta contra a ocupação israelita. Referência política e cultural de todo o Oriente Médio. Voz e consciência dos palestinos.
Darwich nasceu em Al-Birwa, uma aldeia da Galiléia, perto de São João d’Acre, então território sob mandato britânico, em 1941. Após a criação do Estado de Israel, em 1948, a sua aldeia foi invadida e a família fugiu para o Líbano. Ao regressarem, descobriram que a aldeia fora arrasada e substituída por uma colônia judaica. Aos 19 anos publicou seu primeiro livro, Asâfir bilâajniha (“Pássaros sem asas”). Em 1964 alcançou o reconhecimento literário com Awrâq al-zaytûn (“Folhas de oliveira”). A partir de 1970 freqüentou a Universidade de Moscou, tornando-se correspondente do jornal Al-Aharam, do Cairo. Em 1973 instalou-se em Beirute, onmde passou a dirigir a revista Shu'un Filistinyya (Assuntos Palestinos). Nesse mesmo ano ingressou na Organização para a Libertação da Palestina (OLP). Em 1982, protegendo-se do bombardeio israelense de Beirute, refugiou-se no Cairo e, mais tarde, em Paris. Faleceu a 9 de agosto de 2008, aos 67 anos, em decorrência de problemas cardíacos. Deixou cerca de 30 livros de poesia e de prosa, os quais foram traduzidos para cerca de 40 línguas.
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