Mercadante recuou. Sua decisão de permanecer na liderança do PT no Senado mostrou ambivalência e fraqueza. Num plano mais profundo, mostrou do que é capaz o pragmatismo, na política. Mercadante errou. Perdeu boa parte de sua condição de permanência como líder do PT, desgastou sua capacidade de interlocução e despendeu parte de suas próprias reservas políticas. E o PT com ele, embora não o Lulismo. Mais uma vez se coloca o problema paradoxal da política, que é a diferença entre o curto prazo, excessivamente mesquinho, e o longo prazo, excessivamente incerto. O que não sei é se o pragmatismo é um valor que tem sentido somente no curto prazo.
Tomei ontem, junto com a professora Alda Costa, uma decisão difícil, mas necessária: solicitar nosso descredenciamento do Programa de pós-graduação em comunicação da UFPA. Há coisas que não são negociáveis, em nome do bom senso, do respeito e da ética. Para usar a expressão de Kant, tenho meus "imperativos categóricos". Não negocio com o absurdo. Reproduzo abaixo, para quem quiser ler o documento em que exponho minhas razões: Utilizamo-nos deste para informar, ao colegiado do Ppgcom, que declinamos da nossa eleição para coordená-lo. Ato contínuo, solicitamos nosso imediato descredenciamento do programa. Se aceitamos ocupar a coordenação do programa foi para criar uma alternativa ao autoritarismo do projeto que lá está. Oferecemos nosso nome para coordená-lo com o objetivo de reverter a situação de hostilidade em relação à Faculdade de Comunicação e para estabelecer patamares de cooperação, por meio de trabalhos integrados, em grupos e projetos de pesquisa, capazes de...
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Abs.
Danilo