Mercadante recuou. Sua decisão de permanecer na liderança do PT no Senado mostrou ambivalência e fraqueza. Num plano mais profundo, mostrou do que é capaz o pragmatismo, na política. Mercadante errou. Perdeu boa parte de sua condição de permanência como líder do PT, desgastou sua capacidade de interlocução e despendeu parte de suas próprias reservas políticas. E o PT com ele, embora não o Lulismo. Mais uma vez se coloca o problema paradoxal da política, que é a diferença entre o curto prazo, excessivamente mesquinho, e o longo prazo, excessivamente incerto. O que não sei é se o pragmatismo é um valor que tem sentido somente no curto prazo.
O Conselho Universitário (Consun) da UFPA foi repentinamente convocado, ontem, para uma reunião extraordinária que tem por objetivo discutir o processo eleitoral da sucessão do Prof. Carlos Maneschy na Reitoria. Todos sabemos que a razão disso é a renúncia do Reitor para disputar um cargo público – motivo legítimo, sem dúvida alguma, mas que lança a UFPA num momento de turbulência em ano que já está exaustivo em função dos semestres acumulados pela greve. Acho muito interessante quando a universidade fornece quadros para a política. Há experiências boas e más nesse sentido, mas de qualquer forma isso é muito importante e saudável. Penso, igualmente, que o Prof. Maneschy tem condições muito boas para realizar uma disputa de alto nível e, sendo eleito, ser um excelente prefeito ou parlamentar – não estou ainda bem informado a respeito de qual cargo pretende disputar. Não obstante, em minha compreensão, não é correto submeter a agenda da UFPA à agenda de um projeto específico. A de...
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Abs.
Danilo