A questão essencial é: o pragmatismo é, de fato, essencial ao poder? Não sei se entendo o que é o pragmatismo. Acho que não. Penso que o pragmatismo não é algo que se associa, exclusivamente, ao curto prazo. Para mim, o pragmatismo real, e o único que conta, é ser fiel à marca e aos princípios. Esse é o maior dos valores em política. É o peso da identidade. Esse valor está no limite oposto do pior dos males em política, que é a ambivalência. Eu próprio, que não tenho fábricas e nem elefantes, ouro ou estanho, e que para sustentar minha família só conto com meu nome e com a palavra que dei – ou ainda, sem desejar parecer arrogante, que com meus princípios - bem sei que esse é o valor fundamental.
O Conselho Universitário (Consun) da UFPA foi repentinamente convocado, ontem, para uma reunião extraordinária que tem por objetivo discutir o processo eleitoral da sucessão do Prof. Carlos Maneschy na Reitoria. Todos sabemos que a razão disso é a renúncia do Reitor para disputar um cargo público – motivo legítimo, sem dúvida alguma, mas que lança a UFPA num momento de turbulência em ano que já está exaustivo em função dos semestres acumulados pela greve. Acho muito interessante quando a universidade fornece quadros para a política. Há experiências boas e más nesse sentido, mas de qualquer forma isso é muito importante e saudável. Penso, igualmente, que o Prof. Maneschy tem condições muito boas para realizar uma disputa de alto nível e, sendo eleito, ser um excelente prefeito ou parlamentar – não estou ainda bem informado a respeito de qual cargo pretende disputar. Não obstante, em minha compreensão, não é correto submeter a agenda da UFPA à agenda de um projeto específico. A de...
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Danilo