Uma pesquisa realizada por Andrea Lunsford, professora da Universidade de Stanford faz a seguinte pergunta: qual o efeito das práticas de escritura na web sobre a sociedade? Qual efeito têm a forma de comunicação presente nas redes sociais como FaceBook e Orkut e os mecanismos de escritura com PowerPoint, emails e outros, sobre a cultura escrita das sociedades atuais? Lunsford estudou, entre 2001 e 2006, 14.672 amostras de textos de estudantes de Stanford. Foram usados diversos tipos de textos, de emails e chats a exercícios em sala e trabalhos acadêmicos. A conclusão? Que estamos vivendo uma verdadeira revolução literária. Algo que não era vista desde a Grécia clássica. E por que isso? Pelos seguinte motivos:
- Os jovens de hoje escrevem muito mais do que as pessoas de quaisquer das gerações anteriores.
- Cerca de 40% do texto produzido por eles é produzido fora da sala de aula, enquanto antes da internet a maioria dos americanos não escrevia quase nada fora da sala de aula.
Mas, diriam os chatos: E a qualidade? E a qualidade dessa “produção”? Seria boa, tecnicamente?
A resposta da pesquisadora é que sim, a escrita digital tem qualidade. E isso se deve ao fato de que ela tem Kairos. Kairos, em grego, significa "o tempo da ocasião oportuna", o qual se coloca como uma oposição ao chronos, o tempo seqüencial. O kairos é o instrumento essencial para o trabalho do artista e do político.
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