Pular para o conteúdo principal

Terror B viral


Todo mundo, hoje, quer publicidade viral para vender seus produtos. Porém, viral mesmo, autêntico, é para poucos. E nem sempre no tempo atual. É o caso de um sujeito chamado William Castle, um produtor de filmes B de terror, nos anos 1950 e 60. Os filmes eram umas bombas, mas suas táticas de guerrilha, por si mesmas, atraiam multidões.
Um exemplo: no lançamento do seu filme Macabre (observem o nome), em 1958, cada espectador, ao comprar o ingresso, recebia uma apólice de seguro da prestigiosa empresa Lloyd’s, de Londres, no valor de US$1.000 – o equivalente, hoje, a uns US$7.000 – a serem pagos no caso do sujeito morrer de susto, durante a exibição do filme. E tinha mais: os bilheteiros e lanterninhas do cinema estavam vestidos de médico e uma ambulância, toda aparatada e cheia de médico foi estacionada bem na porta do cinema.
No filme Homicidal, de 1961, a projeção era interrompida pouco antes do clímax e aparecia um letreiro dizendo que aqueles que não estivessem suportando a tensão do filme tinham 20 segundos para sair da sala e ter seu dinheiro devolvido. No mesmo filme foi também usado um outro truque: Castle instalou num canto da sala de projeção uma cabana, iluminada por uma significativa com luz amarela, o “canto dos covardes”. O sujeito “que não estivesse suportando a tensão do filme” podia ir até o canto dos covardes, onde havia uma enfermeira pronta para tirar a pressão e acompanhar os batimentos cardíacos do infeliz. E o pior: a enfermeira tratava o sujeito com o desprezo que os covardes merecem e lhe entregava um “Certificado de Covardia”.

Comentários

Peri Ferias disse…
precursor do que hoje chamam de ativação de marca

Postagens mais visitadas deste blog

Eleições para a reitoria da UFPA continuam muito mal

O Conselho Universitário (Consun) da UFPA foi repentinamente convocado, ontem, para uma reunião extraordinária que tem por objetivo discutir o processo eleitoral da sucessão do Prof. Carlos Maneschy na Reitoria. Todos sabemos que a razão disso é a renúncia do Reitor para disputar um cargo público – motivo legítimo, sem dúvida alguma, mas que lança a UFPA num momento de turbulência em ano que já está exaustivo em função dos semestres acumulados pela greve. Acho muito interessante quando a universidade fornece quadros para a política. Há experiências boas e más nesse sentido, mas de qualquer forma isso é muito importante e saudável. Penso, igualmente, que o Prof. Maneschy tem condições muito boas para realizar uma disputa de alto nível e, sendo eleito, ser um excelente prefeito ou parlamentar – não estou ainda bem informado a respeito de qual cargo pretende disputar. Não obstante, em minha compreensão, não é correto submeter a agenda da UFPA à agenda de um projeto específico. A de

Leilão de Belo Monte adiado

No Valor Econômico de hoje, Márcio Zimmermann, secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, informa que o leilão das obras de Belo Monte, inicialmente previsto para 21 de dezembro, será adiado para o começo de 2010. A razão seria a demora na licença prévia, conferida pelo Ibama. Belo monte vai gerar 11,2 mil megawatts (MW) e começa a funcionar, parcialmente, em 2014.

Ariano Suassuna e os computadores

“ Dizem que eu não gosto de computadores. Eu digo que eles é que não gostam de mim. Querem ver? Fui escrever meu nome completo: Ariano Vilar Suassuna. O computador tem uma espécie de sistema que rejeita as palavras quando acha que elas estão erradas e sugere o que, no entender dele, computador, seria o certo   Pois bem, quando escrevi Ariano, ele aceitou normalmente. Quando eu escrevi Vilar, ele rejeitou e sugeriu que fosse substituída por Vilão. E quando eu escrevi Suassuna, não sei se pela quantidade de “s”, o computador rejeitou e substituiu por “Assassino”. Então, vejam, não sou eu que não gosto de computadores, eles é que não gostam de mim. ”