Todo mundo, hoje, quer publicidade viral para vender seus produtos. Porém, viral mesmo, autêntico, é para poucos. E nem sempre no tempo atual. É o caso de um sujeito chamado William Castle, um produtor de filmes B de terror, nos anos 1950 e 60. Os filmes eram umas bombas, mas suas táticas de guerrilha, por si mesmas, atraiam multidões.
Um exemplo: no lançamento do seu filme Macabre (observem o nome), em 1958, cada espectador, ao comprar o ingresso, recebia uma apólice de seguro da prestigiosa empresa Lloyd’s, de Londres, no valor de US$1.000 – o equivalente, hoje, a uns US$7.000 – a serem pagos no caso do sujeito morrer de susto, durante a exibição do filme. E tinha mais: os bilheteiros e lanterninhas do cinema estavam vestidos de médico e uma ambulância, toda aparatada e cheia de médico foi estacionada bem na porta do cinema.
No filme Homicidal, de 1961, a projeção era interrompida pouco antes do clímax e aparecia um letreiro dizendo que aqueles que não estivessem suportando a tensão do filme tinham 20 segundos para sair da sala e ter seu dinheiro devolvido. No mesmo filme foi também usado um outro truque: Castle instalou num canto da sala de projeção uma cabana, iluminada por uma significativa com luz amarela, o “canto dos covardes”. O sujeito “que não estivesse suportando a tensão do filme” podia ir até o canto dos covardes, onde havia uma enfermeira pronta para tirar a pressão e acompanhar os batimentos cardíacos do infeliz. E o pior: a enfermeira tratava o sujeito com o desprezo que os covardes merecem e lhe entregava um “Certificado de Covardia”.
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