A Folha de São Paulo publicou artigo de César Benjamin, militante histórico do PT, seu fundador e importante intelectual de esquerda no qual acusa Lula de ter revelado, em 1994, uma tentativa de estupro dele, Lula, contra um “menino do MEP”, organização de esquerda que já não existe. A tentativa teria acontecido em 1980, quando o então líder sindical Lula esteve preso por 30 dias, na mesma prisão, com o jovem da organização de esquerda. O cineasta Sílvio Tendler, que estava presente, desmentiu Benjamin categoricamente:
Era óbvio para todos que ouvimos a história, às gargalhadas, que aquilo era uma das muitas brincadeiras do Lula, nada mais que isso, uma brincadeira. Todos os dias o Lula sacaneava alguém, contava piadas, inventava histórias. A vítima naquele dia era um marqueteiro americano. O Lula inventou aquela história, uma brincadeira, para chocar o cara…só um débil mental, um cara rancoroso e ressentido como o Benjamin, guardaria dessa forma dramática e embalada em rancor, durante 15 anos, uma piada, uma evidente brincadeira…
O presidente ficou estupefacto com o uso dado ao tema por César Benjamin e também o desmentiu. Como disse o Jotavê, “é perfeitamente possível reconstituir o episódio banal que a irresponsabilidade da Folha de São Paulo levou para o primeiro plano do debate político nacional”. Eu permaneço estupefacto com a torpeza com a qual a Folha tratou o assunto.
Todos sabemos que a luta política é um campo de batalha moral para o mau jornalismo. Uma coisa é ter posições e defende-las. Outra é explorar fatos para fazer disputa política, manipulando informações, deformando seu papel ou descontextualizando-as para obter vantagens que, de uma forma ou de outra, acaba sendo, sempre, uma chantagem.
Comentários
Só uma curiosidade.vc acharia graça se um amigo seu contasse que tentou abusar de outra pessoa por "não aguentar viver sem boceta"? Achas realmente que isso está próximo do comportamento que se espera de um presidente?