A propósito, estava dando uma olhada nos indicadores do IBGE sobre a educação nacional, dispostos na Síntese de Indicadores Sociais publicada em outubro passado. Certamente ainda há muito, na verdade MUITO, para fazer, mas está os indicadores fornecem dados para, justamente, fazer o que é preciso. Por exemplo, chama atenção a elevação 6,9% para 13,9% no número de alunos do ensino superior desde 1998, o ano em que o Enem foi implementado.
Infelizmente o IBGE não disponibilizou dados sobre a faixa etária dos estudantes de cursos superiores, e basta olhar ao nosso lado para percebermos que há uma demanda reprimida ocupando imensa parte das carteiras nas universidades privadas: uma faixa etária mais velha que procura acesso à educação como um instrumento essencial para alcançar melhores condições de vida. O que isso significa? Que, em média, os brasileiros se formam com mais idade que em outros países, o que é um indicador de provável minimização da força-total produtiva. Não que essa demanda reprimida não tenha direito de aceso ao curso superior, mas é preciso lhe oferecer expectativas úteis em relação à sua experiência e potencial. Ao mesmo tempo em que, sempre, ampliar a oferta de vagas aos que estão ingressando no mercado.
Também chama atenção a expansão do ensino médio. O número de jovens com mais de 15 anos matriculados no ensino médio pulou de 76,5% para 84,1% na última década. E sua colocação na série adequada à sua faixa etária passou de 30,4% para 50,6% no mesmo período.
O levantamento do IBGE mostra ainda a melhoria da média de anos de estudo dos mais pobres por quintos de renda. Por essa metodologia, a sociedade foi dividida em cinco grupos de 20%, de acordo com a renda familiar per capita, dos mais pobres para os mais ricos. Há dez anos, o grupo mais pobre tinha, em média, 2,6 anos de estudo. Em 2008, esse número chegou a 4,3. No segundo quinto mais pobre, a evolução foi de 3,4 para 5,4 anos de escolaridade. Outro avanço importante é o número de
Dentre as crianças na faixa etária de 7 a 14 anos, 98% estão na escola. Há 10 anos eram 94,7%. Como disse, se falta muito a fazer, os números são fundamentais para facilitar o caminho.
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