O modelo político do país, deve ser dito, é infame. Forjou-se lá um certo sistema “binominal” que garante que, para cada deputado de uma determinada aliança política eleito automaticamente seja levado ao poder, junto com ele, outro deputado, não eleito, da “segunda aliança política mais votada”. Uma aberração do poder, sim, mas, efetivamente, um estratagema para a perpetuação do poder, já que são duas, efetivamente, as “alianças de porder” no país: a Consertación, de esquerda, e a Alianza, de direita. Com esse sistema, se estabelece uma paridade de poder que torna praticamente impossível qualquer mudança.
Outra aberração é a existência de senadores vitalícios e designados, dentre os quais os comandantes das forças armadas e, pasme-se, o chefe da polícia. Ademais, apenas recentemente foi derrubada uma lei que retirava a nacionalidade, com direito a voto e outros direitos civis a todos que, não importando se tivessem nascido no país ou se fossem filhos de pais chilenos, não habitassem no país há um ano e meio.
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