Morreu Howard Zinn, o autor de "História do Povo americano", aos 87 anos. Esse livro foi publicado em 1980, sem nenhuma expectativa maior, mesmo porque contava aos americanos a sua história de um ponto de vista que, aparentemente, eles não queriam ouvir: a partir do olhar dos oprimidos, dos escravos, dos imigrantes que não deram sorte, das mulheres e dos excluídos. Porém, o livro se tornou um best-seller. Vendeu mais de um milhão de cópias, mesmo com suas mais de 700 páginas. O New York Timnes Book Review escreveu:
"O professor Zinn escreve com um entusiasmo raramente encontrado na prosa da história académica, e o seu texto está repleto de citações de líderes operários, resistentes à guerra e de escravos fugitivos"
No Esquerda.Net encontro uma biografia sua:
"Nascido em Nova York em 1922, Howard Zinn era filho de imigrantes judeus e sofreu desde cedo a influência dos romances de Dickens. Aos 17 anos participou de uma manifestação política convocada pelos comunistas que foi violentamente reprimida. Participou na II Guerra Mundial na força aérea para combater os nazis, ganhou uma medalha, mas, quando voltou, embrulhou-a e escreveu no papel: "Nunca mais". Doutorou-se em história pela Universidade de Colúmbia, mas a sua vida académica, como professor,sempre esteve ligada às diversas lutas - pelos direitos civis, contra a guerra do Vietname, entre outras. Aposentou-se em 1988, e passou os últimos dias de trabalho num piquete de greve, junto com os seus alunos, em apoio à greve das enfermeiras do campus".
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