A novela Belo Monte ainda terá muito capítulos. Em termos dramatúrgicos, está mais para O Direito de Nascer, com seus mais de 400 capítulos, que para uma minissérie. Mas isso acaba sendo bom, porque são tantos os questionamentos não esclarecidos sobre a usina que se continua sendo fundamental ampliar o debate. A desistência repentina de duas empresas que, ontem apenas, venceram o leilão, soa como pressão para que o governo entre com mais e mais recursos no projeto. E tudo parece indicar que o governo vai acatar mais essa pressão. De fato, parece inemovível de sua disposição em aprofundar os estudos e o diálogo sobre o empreendimento, como parte da sociedade civil demanda. Aproveito o feriado para fazer algumas considerações, na série de postas que seguem.
O Conselho Universitário (Consun) da UFPA foi repentinamente convocado, ontem, para uma reunião extraordinária que tem por objetivo discutir o processo eleitoral da sucessão do Prof. Carlos Maneschy na Reitoria. Todos sabemos que a razão disso é a renúncia do Reitor para disputar um cargo público – motivo legítimo, sem dúvida alguma, mas que lança a UFPA num momento de turbulência em ano que já está exaustivo em função dos semestres acumulados pela greve. Acho muito interessante quando a universidade fornece quadros para a política. Há experiências boas e más nesse sentido, mas de qualquer forma isso é muito importante e saudável. Penso, igualmente, que o Prof. Maneschy tem condições muito boas para realizar uma disputa de alto nível e, sendo eleito, ser um excelente prefeito ou parlamentar – não estou ainda bem informado a respeito de qual cargo pretende disputar. Não obstante, em minha compreensão, não é correto submeter a agenda da UFPA à agenda de um projeto específico. A de...
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