O que define o sucesso de uma campanha política, inclusive de esquerda, hoje, é a quantidade de dinheiro que é colocada nela. Já se foi o tempo em que a militância era alimentada por esperança, projetos, causas e debates. Hoje, se lhe paga. Já não há candidaturas “com idéias”. Os partidos caminham para se tornarem corporações políticas. Vivemos a era da política monocórdia.
Tomei ontem, junto com a professora Alda Costa, uma decisão difícil, mas necessária: solicitar nosso descredenciamento do Programa de pós-graduação em comunicação da UFPA. Há coisas que não são negociáveis, em nome do bom senso, do respeito e da ética. Para usar a expressão de Kant, tenho meus "imperativos categóricos". Não negocio com o absurdo. Reproduzo abaixo, para quem quiser ler o documento em que exponho minhas razões: Utilizamo-nos deste para informar, ao colegiado do Ppgcom, que declinamos da nossa eleição para coordená-lo. Ato contínuo, solicitamos nosso imediato descredenciamento do programa. Se aceitamos ocupar a coordenação do programa foi para criar uma alternativa ao autoritarismo do projeto que lá está. Oferecemos nosso nome para coordená-lo com o objetivo de reverter a situação de hostilidade em relação à Faculdade de Comunicação e para estabelecer patamares de cooperação, por meio de trabalhos integrados, em grupos e projetos de pesquisa, capazes de...
Comentários
Mas acredito que a votação seja muito mais crítica - é claro que existe a troca de favores, o coronelismo etc. Mas as mediações, as discussões entre os próprios moradores, estão mais presentes - mesmo que de maneira passional - porque poucas são os outros canais de comunicação que podem influenciá-lo diretamente, como ocorre em Belém, com as campanhas televisivas - que demandam alto investimento.