O que define o sucesso de uma campanha política, inclusive de esquerda, hoje, é a quantidade de dinheiro que é colocada nela. Já se foi o tempo em que a militância era alimentada por esperança, projetos, causas e debates. Hoje, se lhe paga. Já não há candidaturas “com idéias”. Os partidos caminham para se tornarem corporações políticas. Vivemos a era da política monocórdia.
O Conselho Universitário (Consun) da UFPA foi repentinamente convocado, ontem, para uma reunião extraordinária que tem por objetivo discutir o processo eleitoral da sucessão do Prof. Carlos Maneschy na Reitoria. Todos sabemos que a razão disso é a renúncia do Reitor para disputar um cargo público – motivo legítimo, sem dúvida alguma, mas que lança a UFPA num momento de turbulência em ano que já está exaustivo em função dos semestres acumulados pela greve. Acho muito interessante quando a universidade fornece quadros para a política. Há experiências boas e más nesse sentido, mas de qualquer forma isso é muito importante e saudável. Penso, igualmente, que o Prof. Maneschy tem condições muito boas para realizar uma disputa de alto nível e, sendo eleito, ser um excelente prefeito ou parlamentar – não estou ainda bem informado a respeito de qual cargo pretende disputar. Não obstante, em minha compreensão, não é correto submeter a agenda da UFPA à agenda de um projeto específico. A de...
Comentários
Mas acredito que a votação seja muito mais crítica - é claro que existe a troca de favores, o coronelismo etc. Mas as mediações, as discussões entre os próprios moradores, estão mais presentes - mesmo que de maneira passional - porque poucas são os outros canais de comunicação que podem influenciá-lo diretamente, como ocorre em Belém, com as campanhas televisivas - que demandam alto investimento.