O Índice de concentração de renda nos domicílios rurais brasileiros, segundo o Ipea, é de 0,727 no coeficiente de Gini. É o segundo pior do mundo. Só é menor que o índice Namíbia: 0,743. O que isso quer dizer? Que o modelo concentrador de terras, representado e defendido – de todas as maneiras –pela senadora Kátia Abreu (DEM-TO), provável vice na chapa de José Serra (PSDB-SP), é um dos principais motivos do atraso brasileiro.
O índice de Gini do campo brasileiro só não é pior, justamente, por causa dos assentamentos e do apoio à agricultura familiar, políticas públicas ampliadas expressivamente no governo Lula.
E olhem que isso não é pouco. O mundo rural brasileiro é formado por 30 milhões de pessoas. Se fosse um país, seria 40ª maior população do planeta. Na América do Sul, em população, só ficaria atrás do Brasil e da Argentina.
Mas o dado mais chocante é exatamente esse: o campo brasileiro, se fosse um país, seria o segundo pior do mundo para se viver, em termos de desigualdade social. O Brasil ocupa a décima posição entre os piores. Se melhorasse a vida no campo em apenas 0,040 pontos pularia trinta posições.
E para isso só tem um caminho: É perceber, politicamente, que o agronegócio é secundário em relação à agricultura familiar. O agronegócio só contribui para ampliar as diferenças existentes.
Aos ouvidos liberais isso é uma blasfêmia, mas, sorry a eles, é verdade. Toda concentração atrasa. Toda igualdade evolui. Acreditar que “é preciso o bolo crescer para dividir” é uma bobagem. É por causa desses modelo, defendido por Kátia Abreu, José Serra, Jatene, Almir Gabriel e suas choldras que a situação é tão grave.
Comentários
O vice será o Cachorro-Lagosta.
em www.bye-byeserra.wordpress.com