Nenhum dos 56 deputados ou dos 14 senadores do DEM serve para ser candidato a vice-presidente de José Serra. Se o PSDB não é lá grandes coisas, o DEM, então, é a vergonha. Humilhado, o partido precisa decidir o caminho a tomar. As opções são duas: aceitar a humilhação, bater no peito se dizendo corrupto e ruim e seguir na chapa de Serra (sem ser o vice) ou então seguir seu próprio caminho. Isso quer dizer ficar sozinho. Não ter candidato à presidente e não ter candidato a governador em alguns estados. A conseqüência política disso se dá no precioso espaço da propaganda eleitoral. Se o DEM não tiver candidato a presidente ou governador, seu ou em coligação, seu tempo no rádio e TV será partilhado pelos demais partidos proporcionalmente à força de cada um. É o que manda a lei eleitoral manda. Nessa hipótese, Dilma Rousseff, do PT, herda 60% do tempo reservado ao partido.
O Conselho Universitário (Consun) da UFPA foi repentinamente convocado, ontem, para uma reunião extraordinária que tem por objetivo discutir o processo eleitoral da sucessão do Prof. Carlos Maneschy na Reitoria. Todos sabemos que a razão disso é a renúncia do Reitor para disputar um cargo público – motivo legítimo, sem dúvida alguma, mas que lança a UFPA num momento de turbulência em ano que já está exaustivo em função dos semestres acumulados pela greve. Acho muito interessante quando a universidade fornece quadros para a política. Há experiências boas e más nesse sentido, mas de qualquer forma isso é muito importante e saudável. Penso, igualmente, que o Prof. Maneschy tem condições muito boas para realizar uma disputa de alto nível e, sendo eleito, ser um excelente prefeito ou parlamentar – não estou ainda bem informado a respeito de qual cargo pretende disputar. Não obstante, em minha compreensão, não é correto submeter a agenda da UFPA à agenda de um projeto específico. A de...
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